Curitiba A Siemens prevê investimentos de R$ 20 milhões em 2006 na unidade da Cidade Industrial de Curitiba (CIC), que é a maior fábrica da multinacional na América Latina. Segundo o presidente da companhia, Adílson Antônio Primo, os recursos do próximo ano serão destinados para projetos de infra-estrutura e de aumento de produtividade. Em 30 anos, a Siemens já investiu US$ 300 milhões na fábrica instalada na CIC.
A empresa, que está completando 50 anos de atuação no Paraná e 30 anos da fábrica de Curitiba, pretende investir R$ 130 milhões no Brasil, no ano que vem. Os recursos serão destinados à pesquisa e ao desenvolvimento.
O presidente da Siemens, que esteve ontem em Curitiba para as comemorações de aniversário da regional do Paraná, ressaltou que a unidade da capital paranaense teve forte contribuição nos resultados da empresa, que encerrou o exercício fiscal de 2005 com faturamento recorde de R$ 6,6 bilhões crescimento de 11% sobre o ano anterior. Pólo de exportação de diversos produtos, a Siemens no Brasil alcançou este ano a marca recorde de R$ 1 bilhão de exportações, 71% superior a 2004. Segundo Adílson Primo, o expressivo crescimento deve-se em boa parte às exportações de centrais de comunicação corporativa (PaBX), fabricadas na fábrica da Cidade Industrial de Curitiba, transformadores de energia, da fábrica de Jundiaí (SP), e celulares, da unidade de Manaus (AM). A fábrica da Siemens da CIC exportará este ano US$ 80 milhões.
A transformação da fábrica de Curitiba em pólo de exportação mundial foi uma das iniciativas para ampliar as vendas externas da subsidiária brasileira, informou o presidente da companhia. Para ele, o recorde de R$ 1 bilhão demonstra que o objetivo foi atingido. "Fomos escolhidos como plataforma global, principalmente pela alta qualidade da produção e do nível de recursos humanos da unidade brasileira que atende a demanda interna e externa da Siemens", disse. Segundo Primo, diante dessa transformação, a unidade de Curitiba abriu 350 postos de trabalho diretos e 650 indiretos, tendo sua capacidade de produção ampliada em 50%.
De acordo com o presidente da Siemens, a fábrica de Curitiba responde por dois terços da produção mundial de PaBX, fabricando 1 milhão de módulos/ano. Apesar do câmbio desfavorável, a Siemens pretende ampliar as exportações da unidade brasileira de US$ 1 bilhão para 1,3 bilhão em 2006.
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