A Siemens anunciou nesta quarta-feira (23) que investirá US$ 1 bilhão até 2017 no Brasil. O investimento será destinado às áreas da empresa que atuam nos setores de energia, indústria, infraestrutura e saúde.
No início de abril, a multinacional alemã inaugurou, em Curitiba, seu primeiro centro de pesquisa e desenvolvimento na América Latina voltado às soluções "smart grid", as chamadas "redes inteligentes" de energia.
A inauguração marcou o retorno da Siemens a Curitiba, quatro anos depois de a companhia vender a participação que tinha em uma joint venture com a Nokia. A unidade faz parte de um pacote de investimentos de US$ 600 milhões para a criação de outras linhas de pesquisa no país. O valor específico para Curitiba não foi informado.
Até o fim deste ano, a Siemens irá construir um centro de pesquisa voltado para petróleo e gás no Rio de Janeiro. A previsão da multinacional é contratar 200 pesquisadores e engenheiros locais. O centro ficará no campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ao lado de outros centros de pesquisas de multinacionais para o setor de petróleo.
"Nós estamos no Brasil há mais de 100 anos e nunca estivemos tão confiantes no futuro do país", afirmou Peter Solmssen, membro do conselho de administração da Siemens, durante encontro com a imprensa, em hotel da zona sul do Rio de Janeiro.
A empresa vende há mais de 100 anos no país equipamentos de alta tecnologia para esses setores. Além da ampliação dos negócios, a Siemens focará também no desenvolvimento e pesquisa de novos produtos e mercados.
Fábricas
Nos próximos dois anos, a empresa irá inaugurar ainda duas fábricas, uma em Joinville (SC) e outra ainda sem local definido. Em Joinville, a empresa irá construir até o final do ano fábrica de equipamentos de diagnóstico por imagem para a área da saúde. A segunda fábrica está prevista para 2013 e produzirá maquinas e motores para os setores de mineração e petróleo.
O presidente da Siemens no Brasil, Paulo Stark, informou que o nível de conteúdo local dos equipamentos da empresa no país atinge 70%, em linha com o que o governo federal tem exigido das multinacionais que atuam no país.