O diretor executivo da Siemens, Joe Kaeser, vai cortar mais empregos que o planejado inicialmente, numa tentativa de reduzir custos para competir com as rivais General Electric e ABB. Serão eliminadas 15 mil vagas, o que representa cerca de 4% do quadro de funcionários. Até então, fontes informavam que a companhia pretendia demitir 8 mil empregados.
De acordo com o porta-voz da Siemens Oliver Santen, um terço das demissões vai acontecer na Alemanha, terra natal da companhia. Não foram dados outros detalhes sobre a localização dos cortes.
Na Alemanha, os cortes afetarão 2 mil funcionários da divisão industrial, 1,4 mil do setor de energia e 1,4 mil da infraestrutura. Outros 200 cargos administrativos serão encerrados.
O ex-diretor executivo da empresa Peter Loescher perdeu o cargo após anunciar, em 25 de julho, que a Siemens não atingiria a meta de lucros de 12% do faturamento no ano que vem.
Kaeser assumiu o comando da companhia em agosto, após passar sete anos como diretor financeiro. Ele tenta reconquistar a confiança dos investidores após cinco cortes consecutivos nas previsões e perda de 22% no valor das ações durante a gestão Loescher, que durou seis anos.