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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o presidente Lula (PT) nunca cogitou a saída de Jean Paul Prates da presidência da Petrobras.
De acordo com Silveira, toda a movimentação dos últimos dias em torno de uma eventual saída de Prates do comando da estatal foi baseada em “especulações”.
A crise em torno do comando da Petrobras foi deflagrada na semana passada após Silveira criticar o comando de Prates.
“Lula nunca cogitou a saída de Prates da Petrobras para mim. Seria, no mínimo, arrogante por parte do ministro do ministro de Minas e Energia falar com alguém que tem tanta profundidade em relação a esse tema, como o presidente Lula. Não existe essa personificação entre mim e o presidente da Petrobras. Temos posições publicamente antagônicas. Discordamos em questões pontuais. A Petrobras está a cargo do presidente Lula. Surgiu muita especulação nos últimos dias”, afirmou Silveira durante entrevista coletiva concedida nesta terça-feira (9).
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A saída de Prates foi dada como certa e “iminente” por veículos de imprensa após aumentarem os rumores de insatisfação e críticas recebidas por Prates fora e dentro do próprio governo após decisão, tomada no mês passado, de não fazer a distribuição de dividendos extraordinários.
Ainda na semana passada, em meio à crise, a Petrobras negou a substituição de Prates na presidência da estatal ao responder a um questionamento feito pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Indagado sobre possíveis atritos entre o governo e o presidente da Petrobras, Silveira afirmou que é natural haver divergências públicas de opiniões.
“Não existe essa personificação. Existem posições publicamente antagônicas, sobre alguns temas. Em algumas questões pontuais. Isso não é motivo de especulação, porque isso é público. As defesas que eu faço sobre as questões nacionais são conhecidas”, ressaltou o ministro.
Prates evitou comentar a crise nos últimos dias, mas ironizou em uma rede social e postou sobre alguns dos feitos à frente da estatal. Informações de bastidores apontam que ele teria sido procurado na semana passada por Aloisio Mercadante, presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), possível indicado de Lula para assumir o comando da estatal para comunicar a possibilidade de troca no cargo.
Também há uma sinalização de que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), teria apoiado a manutenção de Prates no cargo afirmando que a casa se sente “prestigiada”, segundo declaração dada à GloboNews na manhã desta quarta (10). Tanto o apoio de Haddad como de Pacheco apontam uma possível reversão da possibilidade de demissão e diminuem a fritura do senador.