Foz do Iguaçu De acordo com uma projeção do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), a falta de chuvas notada em todo o estado desde março deve se estender até perto da primavera, aumentando os riscos de desabastecimento de água e energia elétrica. Essa previsão contraria o cenário traçado pela Copel e pelo ONS, que esperam chuvas nas próximas semanas. Para o Simepar, não há previsão de alteração no quadro de seca pelos próximos 15 dias.
O panorama é resultado do fenômeno La Niña, que incide sobre o Hemisfério Sul no outono e deixa a umidade do ar abaixo da média. "Isso afasta a possibilidade de chuva, pois as massas de ar frio não encontram condições adequadas para a formação de nuvens", explica o meteorologista Marcelo Brauer.
"A previsão é pouco animadora, seguindo a estiagem que se estabeleceu desde o fim do ano passado", destaca Brauer, lembrando que o inverno será caracterizado por temperaturas dentro da média, mas com mínimas recordes e intervalos longos de uma chuva para a outra.
O déficit pluviométrico médio em todo o estado chega a 50% em 2006, ou seja, para que as condições fossem consideradas satisfatórias, o volume e a freqüência das chuvas deveria ter sido no mínimo o dobro do registrado. As regiões mais críticas são as que formam a faixa do oeste ao centro-sul do estado.
Cataratas
A falta de chuvas tem alterado também o cenário nas Cataratas do Iguaçu. Na terça-feira, o departamento de Hidrologia da Copel responsável pelo monitoramento da Bacia do Iguaçu registrou a menor vazão do ano: 304 metros cúbicos por segundo. Ontem, no início da manhã, o volume de água já havia subido para 820 metros cúbicos por segundo, a metade da média anual. A vazão média em dias normais é de 1,5 mil m·/s. (FW)
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