Cinco das seis maiores centrais sindicais do país fazem na quarta-feira, em São Paulo, passeata contra a política de juros e o enfraquecimento da indústria nacional, diante do avanço das importações. A manifestação servirá ainda para a defesa da aprovação de uma pauta trabalhista no Congresso Nacional.

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Nesta terça-feira pela manhã, antes da apresentação do Plano Brasil Maior, o presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, disse que o ato de amanhã também poderá servir para criticar as medidas anunciadas pela presidente Dilma Rousseff de apoio à indústria nacional, como a desoneração da folha de pagamento e a criação de regime especial de tributação. "Se o governo federal enfrentar de fato a questão da desindustrialização, vamos maneirar. Caso não enfrente, vamos bater forte", afirmou.

O dirigente sindical lembrou que a produção industrial recuou 1 6% em junho ante maio, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que reforça a urgência por medidas de apoio à indústria nacional.

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O ato será promovido pela Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e Nova Central, e contará ainda com a participação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e da União Nacional dos Estudantes (UNE).

A manifestação começará às 10 horas na Praça Charles Miller, em frente ao Estádio do Pacaembu. A pauta trabalhista inclui, entre outras reivindicações, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem corte de salário, o fim do fator previdenciário e a garantia de que 10% do Produto Interno Bruto (PIB) seja destinado à educação.

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