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Cerca de 200 representantes de 150 entidades sindicais do Paraná e de Santa Catarina são esperados para um encontro hoje na sede da Federação dos Empregados do Comércio, em Curitiba, para debater a criação da União Geral dos Trabalhadores (UGT). A nova central sindical surge da fusão da Social Democracia Sindical (SDS), da Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT) e da Central Autônoma dos Trabalhadores (CAT), e deve representar 10 milhões de pessoas no país. As atividades começam em junho, quando um congresso nacional em São Paulo definirá os objetivos do que deve ser uma das três maiores centrais sindicais do país, junto com a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical.

"Além de aprofundar as discussões sobre os temas que serão levados para o congresso em São Paulo, queremos também incentivar outras entidades do Sul a se unirem a nós", diz Paulo Rossi, presidente da SDS no Paraná e responsável pelo encontro.

Entre os assuntos a serem debatidos estão questões de ética, segurança pública e o fortalecimento do SuperSimples, programa que prevê desoneração de tributos e tira os trabalhadores da informalidade, segundo Rossi. Para ele, a criação da UGT segue uma tendência mundial de fusões entre sindicatos, o que seria uma resposta à globalização. "Enquanto ocorrem fusões entre as corporações, o trabalhador vai se desunindo", opina.

O sindicalista lembra da criação da Confederação Sindical Internacional (CSI), em setembro do ano passado, na Europa, que surgiu de duas grandes organizações de trabalhadores e hoje reúne 168 milhões de pessoas. Na América do Sul, a Organização Regional Interamericana de Trabalhadores (ORIT) e a Confederação Latinoamericana de Trabalhadores (CLAT) estão finalizando acordo para a formação de uma central única.

De acordo com Rossi, a UGT deve reunir mais de 100 sindicatos com 600 mil trabalhadores no Paraná, o que a deixará como a maior central sindical do estado. "Queremos um sindicalismo mais cívico o fortalecimento da unidade dos trabalhadores, principalmente no setor de serviços", explica.

No país, a expectativa é que a UGT se torne a segunda maior central, atrás apenas da CUT, que tem uma base de 22 milhões de trabalhadores. A Força Sindical, no entanto, contesta as informações. "Tem muita gente saindo e entrando em centrais. O que está ocorrendo é um rearranjo no movimento sindical", diz o deputado federal e presidente da central, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho. Segundo ele, a entidade representa 16 milhões de trabalhadores em todo o país e pode se tornar a maior neste ano. "A CUT está perdendo muita gente."

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