Autopeças têm pior ano desde 2009

A produção brasileira de automóveis caiu 17% nos oito primeiros meses do ano. A de caminhões e ônibus, 19%. E a de tratores e colheitadeiras, 15%. Do lado de lá da fronteira, as montadoras argentinas também vão mal. Não por acaso, a indústria brasileira de autopeças, fornecedora de todas as anteriores, atravessa o pior momento desde 2009. A crise já custou milhares de empregos, inclusive no Paraná.

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A General Motors do Brasil irá suspender temporariamente o contrato de trabalho de 930 funcionários da fábrica da montadora em São José dos Campos (a 97 km de São Paulo).

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A decisão foi tomada após assembleia do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região, na manhã da terça-feira (26).

A proposta do "lay-off" (suspensão temporária do contrato de trabalho) foi aceita pela entidade sindical, mas um comunicado oficial será divulgado apenas depois da assembleia do segundo turno da fábrica.

De acordo com a fabricante, a suspensão ocorrerá a partir do dia 8 de setembro e deve durar cinco meses.

A empresa alega que o "lay-off" é necessário para ajustar a produção da fábrica com a demanda do mercado.

A unidade de São José dos Campos da General Motor produz atualmente a picape S10 e o utilitário Trailblazer e emprega cerca de 5,2 mil funcionários.

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Em visita ao Brasil neste mês, a presidente-executiva da GM, Mary Barra, disse que o investimento recentemente anunciado de R$ 6,5 bilhões não impediria outras suspensões temporárias.

"Novos investimentos são uma mensagem positiva, mas você nunca pode dizer que demissões e lay-offs' estão fora de cogitação", explicou.

O sindicato da região teme mais demissões na empresa. Em dezembro de 2013, a GM dispensou cerca de mil funcionários em São José dos Campos.

A unidade deverá receber novos produtos entre 2015 e 2016, como parte da renovação da linha de carros compactos da Chevrolet.

Volkswagen

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Na segunda-feira (25), a Volkswagen iniciou a um período de férias coletivas de dez dias para funcionários da unidade de Taubaté (a 140 km de São Paulo).A empresa não informou o número de atingidos, mas apenas as áreas administrativas continuarão a operar. Ao todo, a unidade emprega cerca de 4.500 trabalhadores.

Essa é mais uma das interrupções nas linhas de montagem em um ano marcado pela baixa nas vendas.

De acordo com a Anfavea (associação das montadoras), a produção de veículos registrou queda de 17,4% na comparação de janeiro a julho deste ano com o mesmo período de 2013, enquanto os licenciamentos caíram 8%.

A entidade espera que o mercado reaja nos próximos meses, mas sabe que a retração nos emplacamentos deverá ser superior a 5% no acumulado de 2014 em relação ao ano passado.

A Volkswagen já havia passado por um período "lay-off", anunciado em maio. Na mesma época, o Grupo PSA Peugeot Citroën deu início a um plano de demissão voluntária.

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Outras empresas do setor também tiveram períodos de férias coletivas ao longo de 2014, como Fiat, Ford, Hyundai, Renault e Scania.