O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense prepara um dossiê a ser entregue ao Ministério Público do Trabalho, à Marinha e à Agência Nacional do Petróleo (ANP) com o relato de ao menos sete incidentes em plataformas da Petrobras nos últimos dois meses e informações de que as unidades são lançadas ao mar inacabadas.
O sindicato cita especialmente o caso da P-62, que foi "inaugurada" pela presidente Dilma Rousseff em dezembro e, após 12 dias, pegou fogo no mar, quando eram realizadas obras acabamento da unidades durante o transporte marítimo. Segundo José Maria Rangel, presidente do sindicato, o sistema de incêndio não havia sido testado. Dentre os acidentes, há registro de outro incêndio em plataforma.
Reservadamente, técnicos da Petrobras culpam o governo e a administração anterior (quando a estatal era presidida pelo petista José Sérgio Gabrielli, atual secretário de Planejamento da Bahia), pela necessidade de acelerar a colocação de plataformas no mar.
Segundo eles, a empresa está sendo obrigada a adotar esta prática para recuperar a produção, que caiu por causa da necessidade de fazer manutenção em plataformas, algo que não foi feito pela administração anterior. A estatal precisa melhorar sua produção para tentar compensar os prejuízos causados pela importação líquida de petróleo, ainda mais num cenário em que os preços ainda não estão totalmente alinhados.
A defasagem de preços torna a situação da empresa mais complicada, já que a queda na produção reduziu as exportações de petróleo da empresa. O quadro ficou pior com o aumento de consumo de combustíveis no país.Oficialmente, a Petrobras rebate as acusações, dizendo que durante a viagem no mar, "é normal que uma plataforma tipo FPSO (navio que produz, armazena e transfere petróleo) sofra esforços estruturais, demandando serviços para ajustes finais."A estatal afirma que a P-62 "passou por rigorosos processos de controle de qualidade, antes de sair do Estaleiro Atlântico Sul (PE), onde foram concluídas" obras dentro do prazo.
Segundo a estatal, a plataforma chegou ao campo de Roncador, na Bacia de Campos (RJ), no dia 20 de janeiro, "iniciando a operação em segurança".
A estatal alega que também está dentro da normalidade "a realização de trabalhos de verificação" em tubulações e de testes para início da operação com óleo e gás em alto-mar, além de outros, como os de ancoragem da plataforma e de interligação das tubulações aos poços produtores de petróleo.
A Petrobras afirma ainda que "que obteve todas as autorizações e licenças necessárias junto às autoridades competentes antes da saída da plataforma do estaleiro." De acordo com a companhia, a previsão é que a plataforma, cuja capacidade é de e a produzir no segundo trimestre deste ano.
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