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Aviação

Sindicato fala em ao menos cem demissões na Embraer; empresa nega postos fechados

(Foto: Reprodução/Embraer)

Cerca de cem funcionários da Embraer foram demitidos na quarta-feira (18) segundo informações do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP). Parte deles não se dispôs a se mudar para Gavião Peixoto (a 315 quilômetros de São Paulo), cidade em que a fabricante brasileira de aviões manterá uma de suas fábricas. A maior unidade da empresa, em São José dos Campos, será transferida para a Boeing assim que for concluída a venda de 80% da divisão de aviões comerciais da Embraer para a companhia americana.

Funcionários da empresa ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo afirmam que nem todos que foram desligados tiveram oferta para se mudar para Gavião Peixoto, onde hoje está instalada a unidade de defesa da Embraer. A área de aviação executiva, que está dividida entre plantas nos Estados Unidos e em São José dos Campos, terá suas atividades brasileiras concentradas em Gavião Peixoto.

A maioria das demissões de quarta-feira foi justamente de empregados do braço executivo da Embraer. Um engenheiro disse ao Estadão que há preocupação com novas demissões, pois parte dos profissionais têm tido pouco trabalho nos últimos meses.

Em nota, a Embraer informou que os funcionários tinham sido avisados da transferência para Gavião Peixoto e que a maioria concordou com a mudança. A companhia afirmou ainda que foram contratadas 2 mil pessoas neste ano para formar a nova empresa que surgirá da parceria com a Boeing. A empresa, no entanto, não informou quantas demissões houve na quarta-feira, apenas negou os 300 desligamentos de dezembro - número que vem sendo divulgado pelo mesmo sindicato.

À Gazeta do Povo, a assessoria da Embraer reforçou que o nível de emprego na companhia permanece estável e que não há postos de trabalho sendo eliminados no país. Conforme a companhia, as alegações do sindicato ignoram o processo de contratação que ocorreu ao longo do ano. Ainda em nota, foi informado que "os funcionários da linha de montagem da Aviação Executiva foram avisados desde agosto da transferência para Gavião Peixoto e a maioria deles concordou com a mudança ou com a transferência para outras áreas em São José dos Campos - Unidade Eugênio de Melo. Quem não for transferido, irá
receber benefícios adicionais para apoiar a transição [de carreira]" após o desligamento da empresa.

Ainda de acordo com a Embraer, o início do ano será de férias coletivas para a preparação e separação efetiva dos sistemas e negócios, com retomada das atividades em 21 de janeiro.

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