Os usuários de internet e funcionários de empresas instaladas na China na quarta-feira atribuíram a culpa por uma série de perturbações no tráfego internacional de e-mail a ajustes no vasto sistema de vigilância sobre a internet operado pelo país.
Executivos de empresas de tecnologia da informação ofereceram explicações variadas para as perturbações no e-mail, mas concordaram em que elas não resultavam de problemas técnicos comuns.
A China está em meio a uma campanha muito alardeada para reprimir o "conteúdo insalubre" de sua internet, que apresenta rápido crescimento.
A disseminação veloz de informações sobre incidentes de corrupção governamental e inquietação em áreas rurais que a rede propicia alarmou os líderes do país, obcecados com a estabilidade e acostumados a manter controle completo sobre a mídia convencional.
- Tivemos centenas de queixas de nossos clientes, nos dois últimos dias - disse Richard Ford, diretor técnico do Candis Group, um provedor de tecnologia de informação sediado em Pequim que processa centenas de milhares de mensagens de e-mail a cada dia. - Se as autoridades nos tivessem avisado, eu agradeceria - ele acrescentou.
Ford informou que os clientes se queixaram de e-mails devolvidos com mensagens de erro que só poderiam ter sido inseridas por uma "terceira parte" posicionada entre os servidores de e-mail locais e os estrangeiros.
- Inicialmente achávamos que o problema era nosso... mas depois de investigar estamos certos de que se relaciona à grande firewall da China - disse Ford, em referência ao elaborado sistema de filtros que a China mantém para interceptar e bloquear conteúdo sensível que poderia ser disseminado pela internet do país.
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