Ao perceber a necessidade crescente de modernização e redução de custos em empresas de diversos setores, três empresários de Curitiba se uniram para desenvolver produtos na área de automação inteligente. Com aproximadamente um ano de existência, a TAI Brasil (Tecnologia em Automação Inteligente) acaba de lançar seu primeiro produto, que segundo os sócios promete revolucionar o gerenciamento de abastecimento de combustível para transportadoras e grandes frotistas.
Batizado de Sistema de Abastecimento Inteligente (SAI), o produto consiste num chip eletrônico que, instalado no tanque de combustível dos veículos, é identificado pela bomba do posto. Assim, o carro ou caminhão só será abastecido com o tipo e a quantidade de combustível autorizado previamente, por computador, pela pessoa responsável pelo gerenciamento da frota. Como o sistema é acessado pela internet, a atualização e o gerenciamento da frota podem ser feitos a qualquer hora e de qualquer lugar, desde que haja um computador com acesso à rede.
"A carência tecnológica das empresas é muito grande hoje", diz Glenan Lopes Vieira, um dos sócios da TAI, que se dedica ao novo negócio após fechar uma empresa de mais de 70 anos no ramo de autopeças. A decisão, conta ele, foi tomada após se ver fascinado pela possibilidade de colocar no mercado produtos até então inexistentes.
O outro sócio é Jair Bana, proprietário da Bana Pneus, um centro automotivo com 6 lojas em Curitiba e que atua há 17 anos no segmento. "Esta sociedade nos dá a possibilidade de uma empresa parceira com know-how para fazer, se necessário, a instalação nos veículos", conta Glenan Vieira. Ainda assim, a idéia por enquanto é trabalhar com pessoal próprio. O desenvolvimento do SAI consumiu, até agora, cerca de R$ 600 mil, segundo o empresário.
Paulo Oliveira, o sócio responsável pelo desenvolvimento tecnológico dos produtos, explica que a grande vantagem do SAI é eliminação total da possibilidade de fraudes no abastecimento de combustíveis. "O empresário terá certeza de que o combustível que ele está destinando vai para aquele veículo. Ao identificar o carro, o sistema não vai liberar outro combustível senão aquele que foi autorizado", afirma. O desvio de combustíveis, segundo ele, é um dos problemas que mais afetam as transportadoras que já estão em contato com a TAI para negociar o sistema. A preocupação tem fundamento: segundo informações do sindicato que representa as transportadoras, o gasto com combustível pode chegar a 60% dos custos operacionais de uma empresa.
Na DSR Transportes Rodoviários, com sede na Cidade Industrial de Curitiba, o abastecimento de cerca de 150 caminhões da frota própria representa cerca de 40% dos custos de operação. "Nós temos que ter um controle sobre o nosso estoque. Além disso, combustível estocado é dinheiro parado, e isso não interessa para a empresa", afirma o supervisor de frota da DSR, Diomar Thrun. A transportadora tem filiais em oito estados brasileiros, e também gostaria de controlar, da matriz em Curitiba, o abastecimento dos caminhões que circulam por todo o país. "Já adquirimos bombas eletrônicas justamente no sentido de investir em automação e controle do estoque", conta Thrun. Agora, a empresa negocia com a TAI a compra do Sistema de Abastecimento Inteligente.
Com o acompanhamento permanente do desempenho dos veículos em relação à quantidade de combustível abastecida, é possível também identificar outros problemas além das fraudes. "Há coisas que estão acontecendo e muitas vezes o empresário não sabe. O tanque pode estar com vazamento ou o veículo desregulado. Além disso, se o motorista desviar de rota e abastecer do próprio bolso, a média de rendimento vai subir, e no mesmo dia o responsável pela frota vai saber disso", completa Oliveira.
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