Com as pessoas cada vez mais envolvidas em suas vidas virtuais, uma companhia norte-americana chamada Utherverse resolveu expandir as fronteiras dessa realidade. Para isso, ela passou a permitir que membros de sua rede social on-line, a Red Light Center, utilizem drogas para se divertir -- virtualmente. Os usuários poderão, de acordo com a publicação "Technology Review", "realizar raves virtuais, tomar ecstasy virtual e até mesmo provar alguns cogumelos virtualmente alucinógenos."
Segundo Brian Shuster, chefe-executivo da Utherverse, os primeiros usuários dos tóxicos virtuais "reportaram que os efeitos dessas drogas foram surpreendentemente realistas, como na vida real". Para Brian, isso significa que as drogas virtuais terão um efeito benéfico.
"Como os usuários poderão aproveitar o entretenimento associado às drogas sem seu consumo real, o valor de tomar as drogas reais é diminuído". Desse modo, os avatares, personagens de sistemas como o mundo virtual Second Life, terão cada vez mais uma "vida" semelhante à real.
NegóciosDe acordo com o site do jornal britânico "The Guardian", além do valor social, a chegada de drogas virtuais aponta para uma nova oportunidade comercial. Se os avatares são capazes de tomar drogas para se divertir, eles também poderão ter interesse em drogas terapêuticas. Companhias farmacêuticas, desse modo, podem achar um novo e lucrativo mercado no ciberespaço.
Antidepressivos, tranquilizantes e remédios para dormir prometem ser particularmente populares no ambiente virtual, mas outras drogas também venderiam bem. Uma forma virtual do Viagra, por exemplo, poderia ser uma vantagem para algumas pessoas mais velhas e para os habitantes do Second Life que sofrem do mal.
Mas como toda novidade, ela logo poderá se tornar cansativa: com a existência e acesso às drogas no mundo virtual, não deve demorar para que os avatares queiram ter acesso a tratamentos para os vícios virtuais. Mesmo nesse mundo paralelo, entretenimento demais pode cansar.
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