Uber e 99 têm, juntos, mais de um milhão de motoristas associados| Foto: Henry Milleo / Gazeta do Povo

A carteira de seguro de automóveis encolheu 0,7% no primeiro semestre deste ano, segundo dados da Confederação das Seguradoras (CNseg). Para reagir neste mercado retraído, mas bastante competitivo, as seguradoras criam apólices alternativas, voltadas para nichos.

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Foi seguindo esta estratégia que a Suhai Seguradora lançou um seguro exclusivo para condutores de aplicativos que garante ser até 80% mais barato que a média do mercado ao cobrir apenas furto e roubo. No Brasil, há mais de meio milhão de motoristas de Uber e quase a mesma quantidade da 99.

De acordo com Robson Tricarico, diretor comercial da empresa, o valor do produto é mais baixo porque não inclui cobertura por colisão. Há apenas opção para perda total por batida. Ou seja, a apólice da Suhai é limitada para se adequar ao bolso dos motoristas de aplicativo, principalmente os que possuem carros mais velhos. “Identificamos que a maioria das pessoas sem seguro quer contratar apenas a opção de furto e roubo porque uma colisão pode ser evitada com prudência”, argumenta.

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Maior exposição ao risco

Entre os fatores determinantes no valor do seguro estão perfil do usuário, região em que ele mora e informações do veículo, como data de fabricação e marca, explica Tricarico. Outro fator importante, especificamente para profissionais de aplicativos, é a alta exposição do carro ao risco — uma vez que o profissional de aplicativos dirige por diversas regiões da cidade ao lado de pessoas totalmente desconhecidas. “Com isso, seguradoras tradicionais cobram até 25% a mais por um seguro completo ou até negam o serviço ao cliente”, afirma o diretor.

Para otimizar os custos para os motoristas de apps, a Suhai que atua há 25 anos também no ramo de segurança, diz utilizar tecnologia e inteligência para mapear a região onde o veículo foi roubado e, sempre que possível, resgatá-lo. A seguradora também coloca rastreadores em alguns modelos de carros. “Temos um ticket médio de R$ 1.200, enquanto as concorrentes têm, em média, R$ 3 mil”, calcula Tricarico.

Apesar do crescimento negativo do setor de seguro automobilístico no primeiro semestre (-0,7%), o setor como um todo cresceu 8,4% e arrecadou R$ 125,4 bilhões no período (sem DPVAT e Saúde Suplementar), o maior crescimento desde 2015, liderado pelos planos de previdência privada - segundo a CNSeg.

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