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Rombo nas estatais

Sob Lula, rombo recorde em estatais chega a R$ 7,4 bilhões no acumulado do ano

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O presidente Lula (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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De acordo com dados divulgados pelo Banco Central (BC), nesta segunda-feira (11), o déficit primário das estatais chegou a R$ 7,4 bilhões, de janeiro a setembro de 2024. É o pior resultado para o período desde o início da série histórica do BC, em 2002.

O valor também representa uma alta de 258,9% em relação ao rombo das estatais registrado no mesmo período do ano passado, quando o déficit primário ficou em R$ 2,06 bilhões.

Nas estatais federais, o resultado negativo foi de R$ 4,1 bilhões. O rombo das estatais regionais (estaduais e municipais) ficou em R$ 3,3 bilhões de janeiro a setembro.

Os números apurados pelo BC não incluem Petrobras, Eletrobras e bancos públicos.

Os dados consideram todas as receitas e despesas das empresas públicas, mas não contabilizam o lucro líquido da estatal.

Dívida do setor público

Ainda, segundo o BC, em setembro a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) - que abrange Governo Federal, INSS e governos estaduais e municipais – atingiu 78,3% do PIB (R$8,9 trilhões) em setembro de 2024, uma redução de 0,2% em relação ao mês anterior.

Já a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) atingiu 62,4% do PIB (R$7,1 trilhões) em setembro, um aumento de 0,4% no mês. 

De acordo com o BC, “esse resultado refletiu em especial os impactos da valorização cambial de 3,7% no mês (+0,5 p.p.), dos juros nominais apropriados (+0,4 p.p.), da variação do PIB nominal (-0,4 p.p.), e dos demais ajustes da dívida externa líquida (-0,2 p.p.). 

No acumulado do ano, a DLSP subiu 1,5%, segundo o BC, “em função, sobretudo, dos impactos dos juros nominais (+5,7 p.p.), do déficit primário (+0,8 p.p.), do reconhecimento de dívidas (+0,2 p.p.), do efeito do crescimento do PIB nominal (-2,9 p.p.), do efeito da desvalorização cambial de 12,5% acumulada no ano (-1,3 p.p.), dos demais ajustes da dívida externa líquida (-0,7 p.p.), e do ajuste de privatizações (-0,3 p.p.)”.

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