O dólar comercial seguiu a tendência global e fechou vendido a R$ 3,442, com alta de 1,41%, acumulando valorização de 8,6% desde a eleição de do republicano Donald Trump para a Casa Branca, na terça-feira (7). Na máxima, a divisa alcançou R$ 3,474. Num dia de volatilidade, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) ganha 0,12%, a 59.257 pontos, com bancos e Vale evitando que o Ibovespa cai no campo negativo.
Até quarta-feira, a expectativa é de mais volatilidade no mercado de câmbio, diz Roberto Padovani, economista do banco Votorantim, embora, para um horizonte mais longo, a expectativa seja de estabilidade. Com dólar subindo e perspectiva de juros em alta, aponta, os emergentes devem continuar sofrendo. Amanhã o mercado fica fechado devido ao feriado do Dia da Proclamação da República.
“O mercado ainda está tentando entender o programa de Trump e se é possível implementá-lo. Estamos a reboque do dólar, que ainda não deu sinal de que vai se estabilizar no curtíssimo prazo”, diz Padovani. “O feriado piora a situação do mercado brasileiro, que no momento é de pouca liquidez e muita volatilidade, enquanto o dólar não para de subir no exterior”.
No mercado internacional, o dólar avança 0,82%, conforme o Dollar Index Spot, que compara a divisa com outras dez moedas globais. A moeda americana tem um dia de fortes ganhos contra os mercados emergentes. O MSCI Emerging Markets Currency Index, que compara 25 moedas emergentes com a divisa, cai 0,3%, após perder 2,3% em quatro dias na semana passada. Ante a cesta de moedas na Ásia, a divisa atingiu a máxima de nove meses.