Genebra (AE) Apesar do fracasso das negociações entre a China e o Brasil, da pressão do setor privado nacional por algum tipo de proteção contra os produtos de Pequim e da futura publicação de decretos regulamentando as salvaguardas contra os chineses, o governo brasileiro teria garantido à China de que não irá, por enquanto, aplicar sobretaxas contra as importações do país asiático. "Entendemos que o governo brasileiro não colocará salvaguardas agora, embora saibamos que o Brasil está sendo pressionado por sua indústria", afirmou Sun Zhenyu, embaixador da China na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Segundo ele, a informação teria sido transmitida por representantes de Brasília aos chineses após o fracasso das negociações entre o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Luis Fernando Furlan, com as autoridades de Pequim, na semana passada. Na avaliação do diplomata chinês, os dois países não fecharam os canais de comunicação. "Vamos continuar falando e as negociações ainda podem avançar", disse o embaixador.
Confirmação
Em Genebra, o novo embaixador do Brasil para a entidade, Clodoaldo Hugueney, também defende a continuação do diálogo bilateral. "Acho que precisamos continuar negociando", disse. O exemplo usado pelo brasileiro é o fato de os Estados Unidos já estarem na quinta rodada de negociações com os chineses sobre o mesmo tema: as salvaguardas aos produtos de Pequim, principalmente no setor têxtil. Tanto os americanos como os chineses esperam encontrar soluções sobre o aumento das exportações do país asiático. Hugueney, porém, alerta que uma solução entre Brasil e China deve ser encontrada assim que possível. "Caso contrário, a pressão aumentará muito para que medidas sejam implementadas."
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