Na passagem de julho para agosto, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), apurado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), reduziu o ritmo de deflação, ao passar de queda de 1,11% para retração de 0,45%. Todos os grupos que compõem o indicador contribuíram para o movimento, especialmente Matérias-Primas Brutas, que passou de -2,60% para -1,33% no período.
No estágio inicial da produção, os principais responsáveis pelo menor ritmo de queda foram soja em grão (de -5,00% para -1,65%), café em grão (de -3,22% para 9,42%) e milho em grão (de -10,31% para -4,49%). Em movimento contrário, destacam-se itens como mandioca (de 0,19% para -9,54%), aves (de 1,41% para -1,27%) e bovinos (de 0,59% para 0,02%).
O índice referente a Bens Intermediários dentro do IPA também abrandou a deflação, ao sair de queda de 0,26% em julho para retração de 0,04% em agosto. O principal responsável pelo movimento foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura (de -0,54% para -0,36%). Vale destacar que o índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 0 06% em agosto, contra recuo de 0,26%, em junho.
Da mesma forma, o índice relativo aos Bens Finais registrou queda de preços menos pronunciada, ao passar de recuo de 0,71% em julho para -0,13% em agosto. Influenciou no resultado o comportamento do subgrupo alimentos in natura (de -7,71% para -3 73%). O índice de Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, acelerou de 0,06% em julho para 0,27% neste mês.
Principais influências
De acordo com a FGV, entre as maiores influências de baixa no IPA de agosto estão minério de ferro (de -6,37% para -5,56%), soja em grão (de -5,00% para -1,65%), milho em grão (de -10,31 para -4,49%), mesmo com a diminuição do ritmo de queda. Com retração mais intensa, mandioca (de 0,19% para -9,54%) e farelo de soja (-2,70 de -3,72%), também integram a lista.
Já nas maiores influências de alta do IPA estão café em grão (de -3,22% para 9,42%), carne bovina (0,05% para 3,34%), suínos (de 4,84% para 5,45%), sucos concentrados de laranja (de -9,39% para 11,82%) e refrigerantes (de -0,82% para 1,98%).
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