Ônibus de turismo na Ópera de Arame: um “público diferente” pode aproveitar o que Curitiba tem no Carnaval, segundo órgão de promoção do turismo| Foto: Hugo Harada/ Gazeta do Povo

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Para taxistas, feriadão teve movimento fraco

Bastante requisitados em dias normais na capital, os taxistas tiveram um carnaval extremamente tranquilo neste ano. Segundo a Associação Rádio Táxi Faixa Vermelha, que opera com 250 táxis, o movimento teve uma queda de aproximadamente 50% em relação aos dias normais. Na Rádio Táxi Capital, a redução média do número de clientes foi de 40% no período noturno. Durante o dia a queda foi ainda maior, chegando a 70%. "Nosso público-alvo não fica na cidade no carnaval", afirmou o relações públicas da Rádio Táxi Capital, Gilson Borges.

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Consumidores em uma loja,em Curitiba: queda era esperada
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Fora da lista dos principais roteiros carnavalescos do país, Curitiba costuma esvaziar no feriado de carnaval, deixando a rede hoteleira da cidade com ocupação mínima. Neste ano, porém, um novo tipo de hóspedes salvou o carnaval de alguns hotéis na cidade. Atraídos pelo sossego, grupos turísticos formados essencialmente por idosos ajudaram a movimentar hotéis e restaurantes da capital.

Não há dados objetivos sobre o público que esteve na cidade no fim de semana passado, mas as impressões das pessoas ligadas ao setor de turismo apontam nesse sentido. O Hotel Mercure Sete de Setembro recebeu, neste último carnaval, um grupo de 50 turistas que deixaram a agitação do Rio de Janeiro para conhecer Curitiba e região. Segundo a gerente da unidade, Larissa Teles, a vinda do grupo foi resultado de uma negociação com a rede. "Eles fizeram city tour pela cidade, desceram a Serra de trem e aproveitaram para conhecer a Ilha do Mel", conta Larissa.

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No Hotel Nikko, no centro da capital, existe um trabalho próprio de divulgação em outras cidades e estados para atrair grupos de turistas nesse período de baixo movimento. Segundo o gerente comercial, Valter Ribeiro, a ocupação no carnaval costuma receber um estímulo dos grupos de terceira idade. "A propaganda tem funcionado tão bem que neste último carnaval a ocupação foi de 100%", comemora Ribeiro. Apesar do foco no público corporativo, os dois hotéis da Rede Deville em Curitiba registraram aumento de 6% na ocupação em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo a diretora-executiva do Curitiba Convention & Visitors Bureau (órgão de promoção do turismo), Tatiana Turra, historicamente o período do fim de dezembro até o fim do carnaval é de baixa ocupação na cidade, que tem mais força no turismo de negócios e eventos. Contudo, é possível perceber incremento do turismo de lazer ano a ano, afirma ela. "Nem todas as pessoas gostam da folia do carnaval. Trata-se de um púbico diferente, mais velho, que quer aproveitar com calma o que a cidade tem a oferecer".

Gastronomia

Destaque gastronômico de Curitiba, o bairro de Santa Felicidade é um bom termômetro da movimentação turística na cidade. Segundo o gerente dos Vinhos Durigan, Gerson Luiz Miola, o carnaval é uma das melhores épocas para os empresários do bairro. "O movimento começa no final da tarde de sexta-feira e só termina na terça-feira". A grande parte dos turistas vem dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo em vans e ônibus. Além de famílias da região e de Santa Catarina, a presença de grupos da terceira idade é constante, diz Miola.

Como ocorreu em outros anos, para dar conta do movimento na Vinhos Durigan foi preciso reforçar o quadro de funcionários. "Praticamente triplicamos o número de trabalhadores no atendimento ao público", conta ele.

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Vendas do comércio de Curitiba caíram 24% em janeiro

As vendas do comércio de Curitiba diminuíram 24% em janeiro deste ano na comparação com dezembro de 2012, mostra uma pesquisa feita pelo Instituto Datacenso e divulgada ontem pela Associação Comercial do Paraná (ACP). Enquanto a renda média gasta por consumidor no último mês de 2012 foi de R$ 518,40, em janeiro o valor caiu para R$ 342,56, o que representa uma diferença de R$ 175,84 no gasto de cada consumidor.

De acordo com informações da ACP, o resultado mais baixo para janeiro está dentro do esperado. Os comerciantes relataram, na pesquisa, que a situação ocorre devido ao excesso de compras realizadas com presentes no fim do ano, além do comprometimento financeiro de grande número de consumidores e da temporada de férias.Com a queda renda média gasta por consumidor, os comerciantes curitibanos também perderam. Conforme a pesquisa do Datacenso, 76% deles tiveram resultado inferior em comparação com o último mês de 2012. Por outro lado, setores como os de móveis, eletrônicos, livrarias e papelarias, cosméticos e perfumes tiveram um volume de vendas 5% superior à média mensal.

Outro número levantado pela pesquisa é a quantidade de demissões no setor. Nesse aspecto, 77% dos estabelecimentos mantiveram o mesmo número de trabalhadores, enquanto 3% dos empresários demitiram no último mês.

Expectativa

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A pesquisa aponta ainda que o entusiasmo dos comerciantes curitibanos em relação ao próximo mês caiu em janeiro. Em dezembro, o índice marcava 134 pontos, enquanto que no último mês, o número passou para 126 pontos. Já o índice que mede a expectativa dos comerciantes sobre a situação econômica do país e a condição financeira dos clientes cresceu no último mês – passando de 155 em dezembro para 161 em janeiro.