A agência de classificação de risco Standard & Poors (S&P) rebaixou o rating de 13 grandes instituições financeiras do Brasil, em moeda local e estrangeira, a fim de ajustar as notas ao rating soberano brasileiro. A nota do país foi cortada na segunda-feira, 24, de BBB para BBB-, o nível mais baixo do grau de investimento. As notas revisadas das empresas possuem perspectiva estável. Na última terça-feira, a S&P já havia afirmado que os ratings de bancos e outras empresas brasileiras estavam na mira e seriam revisadas nos próximos dias.
A agência explicou que o rebaixamento da nota soberana limita as notas das instituições financeiras. Na segunda-feira, a S&P adotou um tom semelhante ao rebaixar os ratings da Petrobras e da Eletrobras.
A agência de classificação de risco rebaixou de BBB para BBB- os ratings em escala global, em moeda local e estrangeira, do Bradesco, Banco do Brasil, Itaú BBA, Itaú Unibanco Holding, Citibank, HSBC Bank Brasil, Santander Brasil, Banco do Nordeste do Brasil, Sul América Companhia Nacional de Seguros e Allianz Global Corporate & Specialty Resseguros Brasil.
A S&P também rebaixou a nota em moeda estrangeira da Caixa Econômica Federal e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). As notas da Caixa e do BNDES em moeda local também foram cortados para BBB+, de A-. Com exceção da SulAmérica, todas as empresas rebaixadas mantêm o grau de investimento "selo" de boas pagadoras dado pela agência de risco. A SulAmérica já não tinha a chancela ela foi rebaixada agora, em moeda local e estrangeira, para BB, de BB+.
A S&P também anunciou que colocou o rating global de 17 instituições financeiras do Brasil e o rating em escala nacional de 26 instituições em observação com implicações negativas. Um banco também está com o rating em escala global na lista de observação negativa, o que significa que há a possibilidade de corte nos próximos meses.
Bolsa
As ações de cinco empresas rebaixadas que estão na Bolsa subiram ontem: Itaú Unibanco (0,86%), Bradesco (2,22%), Banco do Brasil (1,30%), Santander (2,23%) e SulAmérica (1,80%). Para analistas, não houve queda das ações porque os preços embutiam a perspectiva de rebaixamento que acompanharia o do Brasil.