A agência internacional de classificação de risco Standard & Poor's Ratings Services reduziu, nesta quarta-feira, 17, a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. A estimativa, que era de expansão entre 2,75% e 3,75% em 2013, passou para um crescimento entre 2% e 3%, devido ao ritmo mais "lento" do que o previsto para a recuperação econômica do País nos últimos meses.
Segundo a S&P, o PIB deverá se movimentar neste ano de 3,25% para 2,5% e, em 2014, de 4,0% para 3,25% em 2014. "Os baixos percentuais de crescimento destacam as dificuldades que o País enfrenta para impulsionar os investimentos dos setores público e privado para níveis que sustentem uma maior expansão econômica de longo prazo", justificou a agência, em um relatório que analisa o cenário para o setor de energia elétrica.
Na avaliação da agência de rating, o setor energético brasileiro se beneficia principalmente da crescente demanda por energia, da regulamentação favorável e do financiamento de longo prazo e de baixos custos. Na contrapartida negativa, a agência cita os atrasos na construção de usinas de geração e linhas de transmissão, decorrentes de preocupações ambientais e questões administrativas. A agência menciona também a exposição "relativamente alta" do setor a condições climáticas, uma vez que 70% da capacidade instalada total é hidrelétrica.