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A agência de classificação de risco Standard & Poor's revisou, nesta quinta-feira (6), a perspectiva para a nota brasileira de neutra para negativa, e indicou que pode rebaixar o rating do país nos próximos dois anos. O atual rating da dívida soberana do Brasil de longo prazo em moeda estrangeira é BBB, segundo informações publicadas no website da empresa.

A perspectiva do rating de longo prazo em moeda local A- também foi rebaixada de estável para negativa. A avaliação sobre a dívida do país não foi alterada, mas a agência americana indicou que poderá reduzir a nota nos próximos comunicados.

Segundo o documento da agência, o baixo crescimento da economia e a redução do esforço fiscal pela equipe econômica podem representar sinais de que o país não conseguirá permanecer reduzindo a dívida pública em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).

Osecretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, disse que o governo ainda está analisando o documento. Ele, no entanto, ressaltou que o Brasil cresceu mais do que a média mundial de 2007 a 2012, depois do estouro da crise financeira internacional. Para o secretário, as perspectivas em relação ao PIB continuam favoráveis.

"As próprias previsões internacionais apontam que o Brasil permanecerá crescendo acima da média mundial. Temos um ambiente de confiança relevante para manter o crescimento sustentado pelos investimentos", declarou Holland. Ele lembrou que este ano o programa de concessões de infraestrutura começará a entrar em operação com investimentos estimados em R$ 470 bilhões nos próximos anos.

Em relação à política fiscal, o secretário disse que o Brasil apenas pratica uma política anticíclica, em que o governo gasta mais em ano de baixo crescimento. Ele destacou que o superávit primário brasileiro é um dos maiores do mundo e que a dívida líquida do setor público cairá para menos de 35% do PIB, em 2013. "A Standard&Poor's prometeu observar a economia brasileira pelos próximos dois anos. Esse tempo é suficiente para mostrar que a realidade de crescimento sustentável não mudou", disse.

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