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O economista Barry Eichengreen, professor de Economia e Ciência Política na Universidade da Califórnia, em Berkeley, fez duras críticas à agência de classificação de risco Standard & Poor’s, após o rebaixamento da nota de crédito dos EUA.

"É interessante essa história que a S&P cometeu um erro aritmético de US$ 2 trilhões, corrigido pela Casa Branca, e ainda assim não mudou sua decisão", disse Eichengreen à Agência Estado, em Nova York. Ele é autor de vários livros, entre eles, "Globalização do Capital" e "Crises Financeiras" e escreve artigos para o jornal O Estado de S. Paulo. "Isso mostra que as decisões deles são tomadas por uma aritmética confusa, motivações políticas e o desejo de consertar sua reputação mais do que qualquer análise profunda da dinâmica da dívida dos Estados Unidos", completou.

Antes de tornar pública sua decisão, a S&P comunicou ao Tesouro norte-americano, na sexta-feira à tarde, que iria fazê-lo e mostrou sua análise ao governo dos Estados Unidos.

Funcionários do Tesouro, no entanto, avaliaram que a S&P havia feito um erro de cálculo de cerca de US$ 2 trilhões nas projeções de déficit do governo e comunicaram a agência. A S&P teria reconhecido o erro, mas manteve sua decisão.

A S&P é a primeira das três grandes agências de rating (as outras são a Moody's e a Fitch) a rebaixar a nota dos EUA.

As agências passaram a ser alvo de críticas durante a crise de 2008, desencadeada pelas hipotecas subprime, porque muitas delas carregavam nota de grau de investimento, mas não eram seguras como se dizia.

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