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StartSe abre “universidade” no Vale do Silício e quer faturar R$ 140 milhões em 2020

CEO da StartSe, Pedro Englert
CEO da StartSe, Pedro Englert (Foto: Reprodução/StartSe) (Foto: )

Palo Alto, na Califórnia, foi o endereço escolhido pela StartSe para ampliar seus serviços, voltados a educação corporativa continuada e currículo dedicado à chamada Nova Economia. “Filha” de brasileiros, a empresa investiu R$ 5 milhões para a construção e o financiamento da fase inicial das operações da StartSe University, base educacional da companhia no Vale do Silício (mesmo local em que a empresa foi fundada no ano de 2015, hoje com sedes também em Xangai e São Paulo).

A “universidade” abre as portas no mês de julho como resposta a uma convicção da companhia, de que as escolas de negócios ensinam a trabalhar no passado. “A gente vem constatando que a forma de educação tradicional está obsoleta” afirma o CEO da StartSe, Pedro Englert, “porque o mundo evolui de uma forma muito rápida, você não pode aprender e aplicar aquele mesmo conhecimento por cinco, dez anos; tem que aprende um pouco todo dia. Antes as pessoas perguntavam sobre formação, onde você estudou? Hoje a pergunta é como você se desenvolve”, defende o executivo.

Go global

A iniciativa é uma espécie de desenvolvimento dos programas educacionais de imersão, oferecidos pela empresa desde agosto de 2016. Em viagens a importantes hubs de inovação, empresários, executivos e empreendedores passam longe das salas de aula e durante uma semana são levados para visitas a aceleradoras, incubadoras, companhias de tecnologia. As missões têm como destino preferencial o Vale do Silício e outros polos importantes, como China e Israel.

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Desde a criação do produto, que é uma das principais fontes de receita da StartSe, já foram realizadas 70 imersões que reuniram mais de 2,5 mil participantes no total. Com a entrada da unidade de Palo Alto em atividade, o objetivo é atender mil alunos ainda em 2019 e três mil em 2020, com a oferta de cursos e programas para brasileiros e também para executivos estrangeiros.

De acordo com o CEO Pedro Englert, a StartSe já atendeu pontualmente clientes corporativos de vários países como Argentina e Espanha e com a inauguração da StartSe University o foco é expandir públicos. “A dor não é só do brasileiro, tem na Índia, na Ásia, no Japão, o mundo está cada vez mais digital e todo mundo tem que aprender qual é essa nova dinâmica. O interesse é global, por isso escolhemos o ponto de inovação mais relevante”, conclui Englert.

Em números

A nova unidade da companhia está em fase final de construção, tem 500 m², sala de aula para cem pessoas, área dedicada à experimentação de novas tecnologias e laboratório de inteligência artificial montado em parceria com a startup Olivia, também fundada por brasileiros, também no Vale do Silício.

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Em cifras, a receita da companhia saltou de R$ 3 milhões em 2016 para R$ 36 milhões no ano passado e Pedro Englert revela que os planos são para faturar R$ 10 milhões com a StartSe University no segundo semestre de 2019, para fechar o ano com R$ 70 milhões em receita. Para 2020? “A ideia é dobrar a meta mais uma vez. Chegar aos R$ 140 milhões é o nosso desafio”, entrega.

O que não está nos livros

Quando entrou no mercado, a StartSe oferecia curso único, o ‘Startup de A a Z’, de duas horas de duração e custo de R$ 30. De lá para cá, o portfólio cresceu. A empresa tem desde e-books gratuitos até dezenas de cursos presenciais e eventos para as mais variadas áreas que vivem transformações (como fintechs, lawtechs e edtechs - ou empresas de tecnologia voltadas aos segmentos financeiro, jurídico e de educação).

“Em pouco tempo, percebemos que o público não estava restrito a empreendedores. Éramos procurados também por executivos de grandes empresas”, rememora.  No início das atividades da empresa, boa parte dos alunos era pessoa física, gente que queria empreender para mudar de vida. Hoje, 60% dos participantes são bancados por corporações em busca de desvendar o impacto das tecnologias nos modelos de negócios e na gestão empresarial.

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