Ideia
Vizinho holandês com negócio parecido inspirou sócio-fundador da Ziggo
A revenda pela internet de aparelhos eletrônicos usados como celulares, tablets e notebooks já é uma prática consolidada no exterior, principalmente na Europa e nos Estados Unidos. Estima-se que, somente no Reino Unido, existam cerca de 60 empresas dedicadas ao re-commerce e 50% dos smartphones do país sejam reutilizados por este tipo de comércio.
Não à toa, foi do exterior que o sócio-fundador da Ziggo, Guilherme Macedo, trouxe a ideia e as principais referências para montar a startup em solo brasileiro. Ele, que morou na Holanda por oito anos, descobriu o recommerce por meio de um vizinho que tinha um site dedicado à prática. "Tivemos no início a barreira das pessoas terem medo de vender seus celulares e, por isso, sentimos a necessidade de aparecer de forma mais clara no mercado", afirma.
O investimento para o lançamento da startup girou em torno de R$ 40 mil, com capital próprio dos fundadores. A Ziggo não divulga quantos aparelhos foram comercializados até o momento, mas diz que a meta é chegar a uma média de 600 aparelhos smartphones e tablets vendidos e comprados por mês.
Sabe aquele celular trocado por um modelo mais novo que terminou esquecido dentro da gaveta? Pois uma startup de Curitiba está de olho nele e em tantos outros que foram aposentados após terem a tela trincada ou deixarem de representar a geração top de linha. Lançada no mês passado, a Ziggo www.ziggo.com.br é uma plataforma digital que comercializa aparelhos usados, tanto comprando quanto vendendo dispositivos oferecidos por usuários.
A empresa quer se aproveitar da alta rotatividade de smartphones nas mãos dos brasileiros. Segundo pesquisa da Motorola Mobility, os consumidores do país trocam de aparelho a cada 16 meses, enquanto a vida útil destes celulares é de cerca de três anos, conforme estudo do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Considerando que ano passado foram comercializados 68 smartphones por minuto no Brasil, o potencial do negócio parece promissor.
A intenção da Ziggo é oferecer uma opção mais prática e confiável frente às vendas e compras feitas diretamente pelos próprios usuários, como no MercadoLivre. Pelo site, o usuário já consegue saber de antemão quanto a empresa pagará pelo seu celular, conforme a condição de uso. Um iPhone 4 de 16GB em bom estado e funcionando perfeitamente, por exemplo, é adquirido por R$ 420, enquanto um Galaxy S3 Mini pode ser vendido à startup por até R$ 186.
Frete grátis
Os aparelhos são enviados pelo correio pelo usuário, com frete grátis para vendas acima de R$ 150. O pagamento é feito via depósito bancário em até 24 horas, depois que o celular é recebido e avaliado pela equipe do Ziggo. O valor também pode ser usado como crédito para a compra de outro aparelho usado na Ziggo Shop. "O objetivo é facilitar a revenda e promover o reuso dos aparelhos, dando tranquilidade para quem quer achar um aparelho usado. Isso de forma rápida, fácil e segura", resume o sócio-fundador da startup, Guilherme Macedo.
Um dos diferenciais do site frente a outras opções de revenda é a possibilidade do usuário oferecer aparelhos com telas trincadas ou que não estejam funcionando 100%. O valor pago, no entanto, despenca. O mesmo iPhone citado acima, por exemplo, recebe uma oferta de R$ 30 caso esteja danificado.
Mesmo recebendo celulares estragados, a startup garante que só vende aparelhos em perfeito funcionamento. Isto porque a Ziggo faz consertos ou reúne peças de diferentes celulares para montar um único smartphone. "Quando colocamos à venda, ele tem que estar zerado. É um seminovo, mas que funciona como novo. Nosso compromisso é entregar o celular 100%", afirma o diretor-operacional da startup, Felippe Duarte.
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