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Energia

State Grid e Eletrobras levam linhão de Belo Monte

Executivos comemoram resultado: deságio de quase 40% | Michel Filho/Agência O Globo
Executivos comemoram resultado: deságio de quase 40% (Foto: Michel Filho/Agência O Globo)

O consórcio IE Belo Monte, formado pela chinesa State Grid (51% de participação) e pelas brasileiras Eletronorte (24,5%) e Furnas (24,5%), controladas pela Eletrobras, foi o vencedor do leilão da linha de transmissão de Belo Monte, realizado ontem pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O grupo ganhou a disputa ainda na primeira etapa do certame, com uma oferta de Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 434,6 milhões – um deságio de 38% em relação ao valor máximo estabelecido pela Aneel, de R$ 701 milhões.

Venceria o leilão quem apresentasse o maior deságio, e com uma proposta agressiva o consórcio liderado pelos chineses saiu vencedor. Também participaram do certame o consórcio BMTE, formado por Taesa e Alupar, cada uma com 50% de participação, e a Abengoa.

O chamado linhão de Belo Monte terá 2,1 mil quilômetros de extensão e será responsável por escoar a energia produzida pela usina Belo Monte para a Região Sudeste. Estima-se que o investimento do projeto totalizará cerca de R$ 5 bilhões.

O lote leiloado é composto por duas subestações conversoras, no Pará e em Minas Gerais, e por linhas de transmissão que passarão pelos Estados do Pará, Tocantins, Goiás e Minas Gerais, partindo de Xingu (PA) até o município mineiro de Estreito.

Financiamento

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) será a principal fonte de recursos para o linhão de Belo Monte, estimado em R$ 4,5 bilhões. Segundo José da Costa Carvalho Neto, representante da Eletrobrás e do consórcio IE Belo Monte, de 50% a 55% do financiamento virá do BNDES. A chinesa State Grid deverá injetar cerca de 10% do valor. O restante deve ser captado com o FI-FGTS e via emissão de debêntures.

O projeto foi dividido pelo consórcio vencedor em oito lotes, por isso várias construtoras participarão do empreendimento. Carvalho não revelou o nome das empresas.

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