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Fertilizantes

Stephanes diz, em Curitiba, que Brasil quer retomar exploração de potássio

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse nesta sexta-feira(26), em Curitiba, que o governo estuda uma forma de reverter a concessão feita pela Petrobras do direito de exploração de uma jazida de potássio no Amazonas, para a canadense Falcon. Essa é uma das ações para que o País se torne auto-suficiente na produção de fertilizantes em cerca de oito anos. A jazida fica em Nova Olinda do Norte, na confluência entre os rios Madeira e Amazonas.

Mas, segundo o ministro, estudos estão sendo feitos em uma possível jazida que se estenderia de Alagoas ao Espírito Santo. "Se confirmar essa jazida talvez seja a grande solução", acentuou Stephanes. Entre os nutrientes utilizados na agricultura, o potássio é um dos que mais preocupam porque o Brasil depende em 91% da importação e apenas quatro países possuem jazidas. "É uma questão não apenas de segurança, mas de vulnerabilidade", acentuou. Ele espera que o Brasil se torne auto-suficiente em potássio em até 10 anos.

O ministro participou, em Curitiba, da solenidade de criação do Consórcio Nacional Cooperativo Agropecuário (Coonagro), que reúne 21 cooperativas paranaenses, que têm entre os objetivos a aquisição, fabricação e importação de insumos agrícolas, fertilizantes e defensivos. Segundo Stephanes, essa é uma solução para reduzir o custo de produção, já que o consórcio poderá comprar em grande quantidade, até que o Brasil se torne auto-suficiente na produção de fertilizantes, que ele acredita levará cerca de sete ou oito anos.

Além do potássio, Stephanes ressaltou que em relação ao fósforo, outro nutriente, o Brasil tem jazidas sendo exploradas e outras em estudo, o que pode garantir auto-suficiência em cerca de cinco anos. Para os nitrogenados, que dependem basicamente de explorações feitas pela Petrobras, o prazo de auto-suficiência previsto é também de cinco anos. "O Brasil é um dos grandes produtores agrícolas do mundo e caminha para ser o maior nos próximos 10 anos, mas é o mais dependente para produzir entre os grandes, e isso é muito ruim", destacou.

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