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Moeda

Strauss-Kahn, do FMI, não vê risco de guerra cambial

O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, disse nesta terça-feira que não vê riscos de uma guerra cambial, à medida que países interveem para enfraquecer suas moedas, mas reconheceu que isso é uma preocupação.

Falando a jornalistas antes dos encontros do FMI e do Banco Mundial em Washington na próxima semana, Strauss-Kahn afirmou que os esforços das nações para desvalorizar suas moedas serão discutidos na reunião de 8 e 9 de outubro e na cúpula do G20 na Coreia do Sul.

"Tem havido uma crescente preocupação nos últimos dias sobre essa questão", disse. "Não sinto hoje que há grande risco de uma guerra cambial, apesar do que tem sido escrito."

Os comentários foram feitos em meio a um movimento de mais governos para impedir que suas moedas se apreciem. Em 15 de setembro, o Japão interveio no mercado de câmbio pela primeira vez em seis anos, a fim de evitar que a alta do iene piore a já fraca recuperação econômica.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou na segunda-feira que o mundo está numa "guerra cambial internacional", conforme os governos interveem no mercado para aumentar a competitividade no comércio mundial.

Falando em termos gerais e não fazendo referências ao Japão, Strauss-Kahn disse que a história mostrou que tais intervenções não têm impacto duradouro e que o FMI prefere que as forças de mercado determinem as taxas de câmbio.

"O centro da questão é este é ou não o tipo de solução que podemos dar à essa situação global? A resposta é não", afirmou.

COTAS NO FMI

Strauss-Kahn também considerou "justo" que países europeus abram mão de parte de seus assentos no conselho do FMI para as economias emergentes.

"Acho que é suficientemente justo dar mais espaço no conselho para as economias emergentes", disse.O diretor-gerente do FMI afirmou ainda que as nações devem sugerir propostas para resolver rapidamente a disputa sobre as cotas.

Os Estados Unidos tomaram uma ação sem precedentes em agosto para forçar a Europa a reduzir o número de cadeiras no conselho do FMI, num movimento para dar mais voz ao mundo emergente nas decisões do Fundo.

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