Já pensou em vender seus produtos e fazer com que a sua marca fique conhecida sem precisar estar fisicamente em uma loja ou mesmo montar uma página na internet? A solução para empreendedores que se encaixam nesta situação é as lojas colaborativas, onde o empresário exibe seus produtos pagando apenas um aluguel mensal e pode formar seu público para, mais tarde, usar uma plataforma virtual. Para isso, basta que os consumidores gostem dos produtos.
Uma dessas lojas é a Endossa, empreendimento nascido em São Paulo cuja primeira franquia foi aberta em Curitiba há dois anos e meio, na Avenida Vicente Machado hoje já são quatro unidades, duas na capital paulista e outra em Brasília. A loja oferece um espaço para quem chama de "mini-micro-empreendedor", como artesãos, estilistas iniciantes, designers alternativos e aquelas pessoas que "dedicam seu tempo para tornar uma ideia real e precisam de auxilio para levá-la ao público".
A empresa entende que os obstáculos para esses empreendedores são, em geral, espaço de prateleira, conhecimento administrativo e uma rede de suporte. Nathália Anring, sócia da Endossa, explica que a ideia surgiu com o conceito da internet. Quanto mais compartilhada na internet, mais vista é uma informação. No caso da loja, é o "endosso" do cliente que faz a marca permanecer no estabelecimento. "Na loja colaborativa, o empresário não precisa ficar na loja, ele paga o aluguel e, se seus produtos forem vendidos, ele continua expondo seus itens ali. Se a marca não bate o endosso, que é a meta, ele sai", ressalta Nathália.
Na loja de Curitiba há 70 marcas desde a sua fundação e no total são 100 empreendedores que utilizam o espaço, ao custo de um aluguel que varia de R$ 140 a R$ 500, dependendo do tamanho do box em que os produtos serão exibidos. Nos três primeiros meses, o empreendedor não precisa cumprir o "endosso", um tempo para que a clientela perceba as peças. "Quem forma o que tem dentro da loja é o consumidor. A vantagem para a marca é poder colocar o seu preço sem se preocupar com o lucro do local ou o pagamento dos funcionários. Muitas começam aqui e depois vão para a internet", analisa Nathália.