Sete em cada dez executivos estão acima do peso, mais que o dobro da proporção encontrada entre a população brasileira. E quanto mais alto o nível hierárquico, pior a saúde do executivo, revela uma pesquisa do Centro de Medicina Preventiva do Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo.
"Quanto mais avançam na carreira, os executivos tendem a praticar menos esportes, a engordar, a beber mais e a alimentar-se pior", diz o levantamento.
O hospital levou em conta 400 avaliações médicas de presidentes e vice-presidentes de empresas e 3.600 check-ups realizados no ano passado em diretores e gerentes.
Dois em cada dez executivos, em média, são hipertensos, apresentam acúmulo excessivo de gordura no fígado e mantêm um consumo de álcool acima do razoável (mais de 14 latas de cerveja numa semana, por exemplo). Na média, o grupo estudado também possui níveis preocupantes de colesterol e triglicérides.
Segundo o levantamento, subir na carreira pode fazer mal à saúde. O hospital pega como exemplo a taxa de colesterol ruim, o LDL. Mais de 50% dos presidentes e vices apresentam um índice alto de LDL (acima de 130), uma proporção muito superior à verificada nos demais grupos de executivos, de apenas 35%.
Outro exemplo é o sedentarismo. Seis em cada dez presidentes estão sedentários. Entre gerentes e executivos, a proporção do problema é de cinco em dez.
Segundo o hospital, os presidentes também aparecem em primeiro lugar no quesito sobrepeso, com 70%, contra uma taxa de 60% dos demais. O consumo de álcool entre presidentes e vices é de 18%, ultrapassando gerentes e diretores (12%) e a média da população brasileira, que gira em torno de 15%.
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