O Brasil superou os Estados Unidos e se transformou, pela primeira vez, no maior mercado de caminhões da Volvo. O recuo das vendas aos norte-americanos em função da crise econômica e a rápida retomada do mercado brasileiro colocaram o país no topo da lista do grupo, responsável por 25% das vendas mundiais da montadora sueca.
Entre janeiro e novembro de 2009, o Brasil vendeu 7,7 mil caminhões da Volvo contra 5,8 mil nos EUA. No mesmo período do ano passado, essa relação era inversa. Os americanos haviam comprado 9,9 mil, contra 8,5 mil dos brasileiros. "Trata-se de um marco dentro do grupo. De um lado temos o Brasil com uma situação privilegiada, com uma recuperação econômica mais rápida do que o restante do mundo. De outro temos o avanço da operação brasileira, que atingiu níveis de qualidade de classe mundial. E é lógico, a retração dos EUA, que reduziu a participação nas vendas ", afirma o diretor de assuntos corporativos e recursos humanos, Carlos Morassutti.
Segundo ele, hoje o Brasil é sede de algumas áreas dentro do grupo, entre elas a diretoria global de manutenção das fábricas de motores, além de ser responsável pelos sistema de produção na área de caminhões e um dos centros na área de tecnologia da informação dentro da multinacional. "Hoje temos 70 brasileiros trabalhando em outras unidades ao redor do mundo, o que demonstra nossa competência", afirma.
Morassutti não fala sobre novos investimentos, mas admite que o resultado coloca a subsidiária sob os holofotes da direção do grupo na Suécia. A fábrica da Cidade Industrial de Curitiba, onde desde a década de 1970 funciona a sede do grupo no Brasil, produz hoje caminhões, ônibus, cabines e blocos de motor e emprega 2,3 mil funcionários. A partir de março de 2010 ela será comandada pelo sueco Roger Alm que substituirá seu compatriota Tommy Svensson, que está se aposentando depois de presidir a subsidiária brasileira por mais de seis anos. Há 20 anos no grupo Volvo, Alm pilota atualmente a operação no leste europeu, onde é responsável por 24 países.
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