O CGIL, maior sindicato da Itália, advertiu neste domingo que os subsídios estatais para os trabalhadores industriais ociosos precisam urgentemente de financiamento ou então a recessão que segura a terceira maior economia da zona do euro pode piorar.
Mais de meio milhão de operários de fábricas receberam uma parte de seus salários através do programa desde o início de 2013, um aumento de 12 por cento ante o primeiro trimestre do ano passado, disse a CGIL em um relatório publicado no sábado.
Os subsídios permitem às fábricas retardar ou parar a produção durante uma recessão e aos trabalhadores receberem uma parte de seus salários durante o tempo que estão inativos.
"Temos que encontrar esses recursos não só para proteger a renda dos trabalhadores, mas também para evitar uma redução adicional no gasto dos consumidores, o que, por sua vez, prejudica a produção", disse a diretora do CGIL, Susanna Camusso, em uma entrevista ao canal de televisão TG24 veiculada neste domingo.
Além do financiamento para os subsídios dos trabalhadores, que Camusso disse que vai começar a esgotar-se em junho, um aumento de 1 por cento no imposto sobre valor adicional entrará automaticamente em vigor em julho se nenhuma ação for tomada.
"A gravidade da situação exige a formação rápida de um governo forte e com credibilidade para mudar a política econômica e fiscal posta em prática nos últimos 18 meses", disse Giuseppe Bortolussi, chefe da área de pequenos negócios da associação CGIA Mestre, em um comunicado.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast