Atualizado em 16/11/2006 às 16h20
O IBGE divulgou nesta quinta-feira os resultados das Contas Regionais de 2004, mostrando que, em relação a 2003, apenas as regiões Norte (de 5% para 5,3%) e Nordeste (13,8% para 14,1% ) ganharam participação no Produto Interno Bruto (PIB) nacional. O Paraná (6,2%) recuou, com 0,2 ponto porcentual a menos do que no ano anterior.
A redução na produção agrícola foi responsável pela queda de 0,4% na participação da Região Sul, de 2003 a 2004. No caso das lavouras, uma forte seca que assolou a região e levou o Paraná e o Rio Grande do Sul a uma redução de 3,3% em volume na atividade. Em Santa Catarina, a produção de fumo, que cresceu em torno de 34%, contribuiu para o bom desempenho do estado.
Ao mesmo tempo, a região Sudeste registrou redução na participação de 55,2% para 54,9%. A participação cresceu no Rio de Janeiro (de 12,2% para 12,6%), em Minas Gerais (9,3% para 9,4%) e no Espírito Santo (de 1,9% para 2%), mas o peso de São paulo no PIB nacional caiu (de 31,8% para 30,9%).
Segundo o coordenador de contas nacionais do IBGE, Frederico Cunha, a produção de eletroeletrônicos, motocicletas e bicicletas na Zona Franca de Manaus fez com que a economia do estado do Amazonas tivesse o maior crescimento entre os anos de 2003 e 2004, entre todos os outros do país, de 11,5%.
O resultado teve forte influência no aumento da participação da região Norte sobre o Produto Interno Bruto do País.
Já o Nordeste foi beneficiado pelo crescimento da indústria e do comércio na região, que alavancou os índices de emprego.
Cunha também explicou que o foi o estado de São Paulo que provocou a queda da participação do Sudeste na economia nacional, de 55,2% para 54,9%, embora o estado continue com o maior peso individual no PIB e tenha crescido 6,4% em 2004.
- Apesar de o Sudeste ter perdido participação no PIB, os estados da região estão entre os sete maiores que se mantém no topo do ranking nacional desde 1985, já que o valor absoluto de seu PIB é muito alto. Seria necessário que houvesse uma grande desordem econômica para que esta relação fosse alterada - ponderou o técnico.
De 2003 a 2004, a região Centro-Oeste manteve sua participação no PIB em 7,5%.
PIB per capita regional
Em relação ao PIB per capita, o maior valor continua sendo o do Distrito Federal (R$ 19.071). Entretanto, em decorrência do baixo desempenho econômico da capital federal, a distância em relação à média do Brasil diminuiu. Em 2000, o PIB per capita do Distrito Federal era 2,2 vezes a renda do Brasil e, em 2004, caiu para 2 vezes.
O Rio de Janeiro (R$ 14.639) se manteve em segundo lugar no ranking do PIB per capita, seguido por São Paulo (R$ 13.725). O Paraná continuou na sétima posição, com R$ 10.725.
Já os piores resultados continuam sendo os do Maranhão (R$ 2.892) e do Piauí (R$ 2.748), mas devido ao bom desempenho de suas economias no ano de 2004, os dois estados aproximaram-se mais da média do país com resultados inéditos na série, este ano é a menor distancia dos dois estados em relação ao PIB per capita brasileiro, em torno de 30% da média.