Nota de 100 iuans ao lado de nota de 100 dólares, em Pequim. O superávit comercial da China diminuiu drasticamente em agosto refletindo a queda das exportações e o salto das importações| Foto: REUTERS/Petar Kujundzic

O superávit comercial da China diminuiu drasticamente em agosto refletindo a queda das exportações - que haviam atingido um patamar recorde em julho - e do salto nas importações, num indício de que a segunda maior economia do mundo está sentindo os efeitos do fraco crescimento mundial, embora a demanda interna continue firme.

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As exportações da China cresceram 24,5% em agosto em relação ao mesmo mês de 2010, o que evidencia a aceleração do ritmo de expansão, já que em julho a alta foi de 20,4%, informou neste sábado a administração alfandegária.

O crescimento das exportações foi mais forte do que a previsão de 21,6% de economistas ouvidos em pesquisa da Reuters.

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Mas as cifras mêsa mês mostraram que as vendas para o exterior esfriaram um pouco em agosto, quando as preocupações com a dívida dos Estados Unidos e Europa provocaram o temor de uma nova recessão mundial.

As exportações da China totalizaram 173,3 bilhões de dólares em agosto, abaixo do recorde registrado em julho, de 175 bilhões.

As importações de agosto atingiram um novo recorde, com 155,6 bilhões de dólares, ou seja, 30,2% a mais do que um ano antes e superando a expectativa de que cresceriam 21,5 por cento.

Esse desempenho resultou num superávit comercial de 17,8 bilhões de dólares em agosto - uma queda de 43% em relação a julho e a primeira redução em seis meses.

Os preços de toda as principais commodities importadas pela China, incluindo petróleo, cobre e minério de ferro, subiram em agosto em relação ao mês anterior, o que é mais uma evidência de que a segunda maior economia do mundo continua seguindo forte apesar da redução do crescimento no Ocidente.

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Embora o ritmo de expansão das exportações tenha aumentado em agosto, o crescimento das vendas externas da China se desacelerou em relação a janeiro, quando alcançou a taxa recorde de 37,7%. Esses números indicam que a China não está imune aos ventos da economia mundial.

As exportações para os Estados Unidos cresceram 12,5% em agosto em relação a um ano antes, mais rápido do que os 9,5 por cento registrados em julho. Para a Europa as vendas externas mantiveram o mesmo aumento, de 22,3%.

O crescimento anual das exportações chinesas para a Rússia e o Brasil superou em ambos os casos 38% em agosto, enquanto as vendas para Indonésia, Vietnã, Tailândia, Arábia Saudita e México aumentaram 35 por cento, de acordo com a agência alfandegária da China.

Os exportadores chineses vêm tentando ampliar sua fatia de mercado nas economias desenvolvidas e diversificar seus negócios nos mercados emergentes, embora enfrentem o crescente desafio da expansão dos custos de produção e da valorização do iuan.

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