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Contas públicas

Superávit primário cai e dívida cresce R$ 14 bilhões

Brasília (Folhapress) – O ano eleitoral de 2006 começou com um aperto fiscal menos intenso. Em janeiro, foi registrada uma queda na economia feita pelo setor público para o pagamento de juros, ao mesmo tempo em que os encargos financeiros bateram recorde, chegando a R$ 17 bilhões. A combinação desses dois fatores levou a um forte aumento do déficit nas contas do governo.

Ao todo, União, estados, municípios e estatais acumularam um superávit primário (receitas menos despesas, exceto gastos com juros) de R$ 3,066 bilhões no mês passado, valor equivalente a pouco mais de um quarto do resultado alcançado em janeiro de 2005. Já as despesas com juros foram as mais elevadas desde a implantação do Plano Real, em julho de 1994. No mês passado, foram de R$ 17,928 bilhões.

Como nem de longe foi capaz de economizar o suficiente para pagar toda a carga de juros que incidiu sobre sua dívida, o setor público encerrou o mês de janeiro com déficit de R$ 14,861 bilhões nas contas. Para financiar esse déficit, o governo precisou contrair novos empréstimos, o que elevou seu endividamento para R$ 1,014 trilhão, o que corresponde a 51,6% do PIB.

A redução do superávit primário ocorrida em janeiro fez com que o resultado fiscal do setor público se aproximasse da meta do governo. Nos últimos 12 meses, a economia para o pagamento de juros somou R$ 85,199 bilhões, o equivalente a 4,37% do PIB. A meta oficial é 4,25% do PIB. Segundo o governo federal, o superávit primário de janeiro foi atípico e se espera para os próximos meses maior aperto fiscal e menor gasto com juros.

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