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PARALISAÇÕES

Supermercados do interior têm estoque por mais 5 dias

Caminhoneiros decidem se protesto continua hoje, após reunião com governo federal em  Brasília | Roberto Custodio/Jornal de Londrina
Caminhoneiros decidem se protesto continua hoje, após reunião com governo federal em Brasília (Foto: Roberto Custodio/Jornal de Londrina)

Supermercados do interior do Paraná têm estoque de produtos perecíveis por mais cinco dias, caso a paralisação dos caminhoneiros, que já dura mais de uma semana, continue após a reunião entre a categoria e o governo federal, prevista para a tarde de hoje.

As regiões que sofrem mais risco de desabastecimento são as de Pato Branco, Francisco Beltrão, Maringá, Londrina, Cascavel, Toledo e Irati, segundo a Associação Paranaense de Supermercados (Apras), mas outras cidades também estão tendo problemas de recebimento de produtos.

A gerente do Supermercado Ítalo, de Dois Vizinhos, Otavia Guedin de Carli, disse que o maior problema é a falta de reposição de laticínios e produtos de hortifrutti. “Não está chegando praticamente nada. Como a gente tem estoque, estamos conseguindo vender ainda, mas alguns itens como batata, estamos com falta há três dias”, disse.

De acordo com a Apras, o abastecimento de perecíveis e combustíveis atinge mais de 55% das lojas nas regiões citadas. Outro fator preocupante é o abastecimento de mercearia seca, que compreende de produtos como óleos, arroz, farinha e feijão, já que os caminhões não estão tendo acesso aos supermercados e aos centros de distribuição.

Ao todo, são 12 estados com protestos no país. No Paraná, os pontos de bloqueios somam 51, conforme os últimos dados das polícias rodoviárias Estadual e Federal.

“O que percebemos aqui é que a clientela dobrou. Muita gente está com medo de ficar sem comida e está vindo fazer compras. Embora o desabastecimento de mercadoria ainda não tenha gerado transtornos, começou a faltar leite e congelados”, relatou Erci Maria da Silva, fiscal responsável do Center Supermercados, de Pato Branco.

Segundo a Apras, a região de Pato Branco é uma das mais prejudicadas com 80% dos produtos sem chegar nos centros de distribuição.

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