São Paulo (Folhapress) O setor supermercadista espera por um segundo semestre pior do que foram os primeiros seis meses do ano. Por conta desse cenário, o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Carlos de Oliveira, rebaixou ontem as estimativas de crescimento do setor para 2005. Agora, a Abras estima que o setor encerrará o ano com um incremento nas vendas de 2% a 2,5% em relação a 2004. A projeção anterior apontava para um aumento nas vendas de até 3,5%.
Oliveira disse que entre os motivos para a revisão das perspectivas para 2005 está o baixo poder aquisitivo do consumidor. Na região metropolitana de São Paulo, por exemplo, o emprego parou de crescer e a renda recuou 0,4% de abril para maio, segundo a Fundação Seade-Dieese.
Os sinais de retração no setor supermercadista foram sentidos pela maior rede varejista do setor. A Companhia Brasileira de Distribuição (CBD) dona das redes Pão de Açúcar, Extra, CompreBem e Sendas , que esperava crescer até 2% neste ano, passou a prever crescimento zero para 2005. A revisão da CBD foi mais pessimista que da Abras. Além disso, segundo Oliveira, será mais difícil crescer nos próximos seis meses em relação ao mesmo período do ano passado, pois o segundo semestre de 2004 foi muito forte.
De janeiro a junho, as vendas reais do setor supermercadista cresceram 3,68% na comparação com o primeiro semestre de 2004. Em junho, entretanto, o setor sentiu os primeiros sinais de desaceleração: recuo nas vendas de 3,62% frente a maio. Na comparação com junho de 2004, houve um aumento de 0,69%.
Segundo a Abras, o desempenho de junho só não foi pior porque os preços dos produtos alimentícios estão em queda o que favorece o consumo.
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