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Os três maiores grupos supermercadistas com atuação no Paraná investem pesado para avançar ou manter sua posição no ranking da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Cinco meses depois de reduzir sua estrutura em Curitiba, com o fechamento de sete lojas, o líder Pão de Açúcar iniciou uma nova etapa do processo de reposicionamento da marca na capital. Segundo colocado, o Carrefour faz reformas em suas lojas, e o gigante Wal-Mart avança no Sul com melhorias nas lojas adquiridas do Sonae.

O Pão de Açúcar reduziu os preços de 300 dos produtos mais procurados, buscando amenizar a identificação como supermercado de elite e ganhar a preferência do consumidor, ao mesmo tempo em que mantém o foco no público AB. O presidente executivo da empresa, Cássio Casseb, esteve em Curitiba para acompanhar o desempenho das lojas e aprovou o resultado. Segundo ele, no primeiro mês de abatimentos houve aumento de clientes e do ticket médio, ainda não contabilizados. Na unidade que mais vende (Avenida República Argentina), uma pesquisa mostrou que 30% dos clientes perceberam melhoria nos preços.

No levantamento feito pela empresa na semana passada, a bandeira estava com preços entre 1% e 2% mais altos do que a concorrência em produtos de mercearia e com valores mais baratos entre os perecíveis. "Para isso, primeiro zeramos nosso lucro, e agora estamos negociando com fornecedores", explica Casseb. Para o ano que vem, a idéia é agregar tecnologia e triplicar o valor das importações, para manter a liderança por mais tempo, apesar do avanço do Wal-Mart.

Em 2005, o faturamento do Pão de Açúcar foi de R$ 16,1 bilhões. Com R$ 12,6 bilhões, o francês Carrefour reage com investimentos em reformas. Em Curitiba, colocou R$ 7 milhões na loja do bairro Champagnat (em frente ao ParkShopping Barigüi), parte de um investimento de R$ 700 milhões no país, que inclui a abertura de 12 lojas este ano.

Logo abaixo no ranking da Abras vem a americana Wal-Mart, com R$ 11,7 bilhões faturados em 2005. Em dezembro do ano passado, a rede adquiriu a portuguesa Sonae, e com ela as bandeiras BIG, Mercadorama, as gaúchas Nacional e a atacadista Maxxi, cujas lojas estarão em reformas até 2008. "São lojas boas, mas antigas e com desperdícios", diz o vice-presidente de desenvolvimento Ciro Schmeil.

Em Curitiba, a primeira providência é melhorar a sinalização nas unidades do Mercadorama da Comendador Araújo, fechado na última quarta-feira, e BIG Santa Felicidade, num investimento de cerca de R$ 6,5 milhões.

Com faturamento entre os dez maiores do Brasil, a paranaense Muffato também entrou em reformas este ano, transformando quatro de suas 22 lojas em hipermercados. Uma nova unidade deve abrir em Londrina no primeiro semestre de 2007.

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