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Europa

Supervisão bancária: acordo da UE sobre instalação gradual em 2013

Os dirigentes da União Europeia entraram em acordo nesta quinta-feira (18) à noite para a implantação gradual da supervisão bancária na zona do euro em 2013, anunciou um porta-voz da Comissão.

Os dirigentes da UE alcançaram um "acordo sobre o marco político no final de 2012 e uma instalação gradual em 2013", informou o porta-voz, Olivier Bailly, em seu twitter.

Os líderes de França e Alemanha, que encabeçam as negociações em torno da grave crise na zona do euro, estão reunidos nesta quinta para debater o assunto. O presidente François Hollande defende a supervisão bancária unificada na zona do euro. Já a chanceler Angela Merkel posicionava-se sobre a discussão do caso, em primeiro lugar, pelos ministros das Finanças dos países-membros. Os dirigentes da União Europeia entraram em acordo nesta quinta-feira à noite para a implantação gradual da supervisão bancária na zona do euro em 2013, anunciou um porta-voz da Comissão.

Na cúpula de junho, os dirigentes europeus concordaram em examinar as propostas da Comissão sobre esse assunto para o final de 2012.

A Comissão Europeia e alguns Estados, entre eles a França, informaram então que o mecanismo de supervisão bancária deveria começar suas operações a partir do começo de 2013, mas a Alemanha rapidamente manifestou suas hesitações sobre este calendário.

"As conclusões da cúpula vão ser modificadas para finalizar o acordo político no fim do ano e lançar este mecanismo ao longo de 2013", disse um diplomata.

"Pretendemos tomar uma decisão em dezembro sobre as linhas gerais e a aplicação gradual em 2013. A Alemanha está de acordo", disse outra fonte.

Após uma dura queda de braço entre a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, François Hollande, a Alemanha conseguiu retardar a entrada em funcionamento do mecanismo, mas França e Comissão Europeia (CE) atingiram seu objetivo de submeter os 6 mil bancos da zona do euro ao BCE a partir de 2014.

A notícia é um balde de água fria para a Espanha, que pretendia a supervisão a partir de janeiro de 2013 para evitar que a recapitalização de seus bancos entrasse como dívida pública.

Hollande se converteu no porta-voz de Espanha e Itália, enquanto Merkel liderou o grupo de países que deseja mais tempo para resolver "várias questões técnicas" antes da união bancária.

Rumores sobre um resgate iminente

Ao falar no parlamento de seu país, Merkel voltou a insistir que o governo de Mariano Rajoy é que deve decidir se pedirá um resgate de sua economia.

Segundo uma fonte diplomática, a Espanha se aproxima de um pedido de ajuda, destinada a obter a intervenção do Banco Central Europeu (BCE) para amenizar a tensão nos mercados de sua dívida soberana.

Os rumores provocaram a euforia dos mercados europeus e levaram a taxa de risco espanhola, que mede a confiança na solvência de um país, abaixo dos 400 pontos pela primeira vez desde abril.

A Espanha quer aproveitar esse relaxamento nos mercados para esboçar seu pedido de resgate, o segundo em um ano, depois de ter recebido uma linha de crédito de no máximo de 100 bilhões de euros para seus bancos.

"Não acredito que o pedido ocorra durante a cúpula de quinta-feira e sexta-feira, mas, a reunião servirá para definir as condições que serão exigidas da Espanha em troca de uma eventual ajuda financeira", disse a fonte.

Sobretudo, Madri quer assegurar que não haverá novas condições, em meio a um crescente descontentamento social. "Os espanhóis não pedirão nada se não estiverem seguros do que devem esperar em troca", disse.

Segundo o BCE, o pedido deverá ser feito oficialmente ao Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEDE). Assim, será cumprido o passo anterior exigido pela instituição dirigida por Mario Draghi para intervir comprando títulos da dívida nos mercados secundários.

Tudo indica que se tratará de uma linha de crédito preventiva, a opção "mais fácil e eficaz", segundo Bruxelas.

Berlim, que resistia a um resgate espanhol neste momento, foi cedendo, informou a fonte.

A demanda espanhola poderia ser atendida ao mesmo tempo que o desembolso da parcela de 31,5 bilhões de euros de ajuda à Grécia, pendente desde junho.

Berlim prefere tratar os pedidos em um mesmo pacote e não pedir o aval do Bundestag (parlamento) caso por caso, em um momento em que o país se encaminha para as eleições legislativas de setembro de 2013.

A Comissão Europeia (CE) anunciou que a troika (UE, BCE e Fundo Monetário Internacional) encerrou sua missão em Atenas, abrindo o caminho para um acordo na Grécia.

Contudo, a sociedade grega já não quer saber mais dos ajustes. A Grécia enfrentou outra greve geral, a quarta no ano, contra as duras medidas que o governo acordou com Bruxelas.

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