São Paulo Após três anos de investigação por suspeita de cartel no setor de cimento, a Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça, obteve indícios suficientes para justificar buscas e apreensões na sede de seis empresas e duas associações, na quinta-feira. A operação foi levada a cabo por policiais federais e teve apoio ainda da Advocacia Geral da União. A SDE informou que o processo corre em sigilo, sem explicar a razão do segredo e sem dar nenhum detalhe.
A Votorantim, a Cimento Mauá e outras grandes empresas do setor receberam agentes da Polícia Federal e tiveram sua documentação devassada. Ambas negam condutas lesivas à livre concorrência do mercado.
O diretor jurídico da Lafarg Brasil, Eduardo Garcia, negou a prática de cartel, confirmou a visita de policiais e considerou "normal" a busca. A Lafarg controla a Cimento Mauá e se apresenta como a líder mundial do setor de construção civil.
A assessoria de imprensa da Votorantim informou que a empresa ficou "surpresa" com a "atitude e o modelo de investigação" adotado pela Secretaria de Direito Econômico porque vem colaborando com as autoridades desde o início da apuração.