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Aviações

Suspensão de rotas exige paciência

Ontem, às 7h35, saiu do Aeroporto Afonso Pena o último vôo da Varig até o próximo sábado, dia 29. A suspensão em todas as rotas com exceção da ponte Rio-SP foi uma das exigências do plano de retomada das operações da nova dona da companhia, a VarigLog, depois da oficialização da compra da aérea. O último trajeto foi Foz do Iguaçu-Curitiba-Guarulhos, e levou 52 passageiros. "Ligamos para todos eles, assim como estamos fazendo com os passageiros dos vôos cancelados", conta o supervisor da companhia, Dimorvan Scatola. A paralisação dos vôos foi novidade para os funcionários.

Os passageiros, que não tomaram conhecimento da situação da companhia, que ocupa há meses as primeiras páginas de todos os jornais, precisam ter paciência para passar pelo processo de endosso de bilhetes por outras companhias. Esta "paciência" é um ingrediente a mais nas férias que o casal de professores austríacos Eveline e Reinhard Berger está passando no Brasil. Com dez vôos comprados pela Varig para o período de um mês, que não deixam de fora as cidades de Manaus e Salvador, eles estão passando muitas horas em aeroportos. O trecho Curitiba-Rio de Janeiro, por exemplo, foi endossado pela TAM, o que envolveu a troca do aeroporto de destino, do Santos Dumont para o Galeão. "Não podemos fazer nada", conta Eveline. "Pelo menos estamos em férias, e a agência de viagens nos avisou do problema", diz Reinhard.

Outro passageiro da Varig, um militar de retorno para sua base em Roraima, no Norte do país, chegou três horas antes do vôo marcado para conseguir o endosso com a Gol.

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