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Lançamento

Tablet da BlackBerry terá foco nas empresas

Lazaridis, co-presidente da RIM, segura o novo aparelho, que ainda não tem data de lançamento nem preço definidos | Robert Galbraith/Reuters
Lazaridis, co-presidente da RIM, segura o novo aparelho, que ainda não tem data de lançamento nem preço definidos (Foto: Robert Galbraith/Reuters)
Conheça as diferenças entres os três principais tablets |

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Conheça as diferenças entres os três principais tablets

A Research In Motion (RIM), em­­pre­­sa canadense que fabrica os smartphones BlackBerry, apresentou na segunda-feira a desenvolvedores seu primeiro tablet. Em uma volta às raízes, entretanto, a companhia disse que o novo dispositivo – batizado como BlackBerry PlayBook – será destinado principalmente a usuários corporativos.

A introdução de um tablet só deve fazer crescer as críticas de ana­­listas, para quem a empresa es­­tá brincando de pega-pega com a Apple. Isso estaria ocorrendo porque, depois de popularizar a troca de e-mails pelo celular, a RIM ce­­deu boa parte da liderança que construiu no mercado americano para a Apple e para aparelhos baseados no sistema operacional An­­droid, do Google.

Em uma tentativa de diferenciar o PlayBook do iPad, Michael La­­zaridis, co-presidente da RIM, disse que o aparelho contém diversas funções requisitadas pelos departamentos de Tecnologia da Informação de grandes empresas. Em um discurso dirigido aos participantes de uma conferência, La­­zaridis chamou-o de "o primeiro tablet profissional do mundo" e enfatizou várias vezes que ele é totalmente compatível com os servidores especiais que corporações e governos usam atualmente para controlar e monitorar os Black­Ber­rys de seus empregados.

A empresa divulgou alguns da­­dos específicos sobre o novo aparelho, mas deixou muitas perguntas sem resposta – a mais notável delas, o preço. A companhia também foi vaga a respeito da data de lançamento, indicando apenas que ele deverá estar disponível no começo do ano que vem.

Entre as novidades do PlayBook estão saídas que permitem exibir conteúdo do aparelho em televisores e monitores de computador, mas Lazaridis não tentou mostrá-los durante sua apresentação. Num telão acima dele, animações mostravam as funções do Play­Book, mas o executivo não fez mais do que segurar o aparelho na mão e ligá-lo. "É um produto muito real", disse Charles Golvin, chefe de análise da Forrester Research. "Mas, obviamente, muito dele ainda está em desenvolvimento."

O novo aparelho pode ainda exibir páginas da web criadas com o software Flash, da Adobe, uma capacidade que o iPad não tem. Para destacar esse ponto, o presidente da Abobe, Shantanu Na­­rayen, apresentou-se no palco com Lazaridis. E – talvez em resposta a críticas de que o sistema operacional de seus smartphones está ultrapassado – a RIM deixou claro que o PlayBook usará um novo sistema, desenvolvido pela QNX Soft­ware, uma companhia que a RIM comprou no começo do ano, da Harman International. Com isso, talvez os telefones e ta­­blets da RIM tenham incompatibilidades no sistema operacional. Golvin, da Forrester, espera que desenvolvedores independentes contornem o problema com o uso do Flash e de protocolos padrão da web.

A RIM ficou bem para trás da Apple no número de aplicações disponíveis para seus celulares. Mas, imediatamente após o anúncio do PlayBook, a Amazon anunciou que pretende lançar uma versão compatível do aplicativo para leitura de e-books do Kindle.

Diferentemente dos iPads mais caros, que têm conectividade 3G, os PlayBooks não poderão se ligar à internet rápida pelas redes das operadoras. Os usuários poderão conectar-se por meio de uma interface bluetooth, a partir de seus BlackBerrys, ou usar redes wi-fi.

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