As agências de classificação de crédito Fitch e Standard & Poor's emitiram ratings "BB-" e "B+", respectivamente, à proposta de emissão de bônus no exterior pela TAM. Ambas as notas estão na escala em que os riscos de "default" são maiores.
As duas agências esperam uma colocação de 300 milhões de dólares em títulos pela companhia aérea. Segundo o IFR, uma publicação da Thomson Reuters, a empresa começará os roadshows para a operação na semana que vem. Os bancos que receberam mandato para a emissão são Citigroup e Santander, e o Banco do Brasil também poderá auxiliar, de acordo com o IFR.
Em junho, o caixa da TAM foi reforçado com 600 milhões de reais obtidos com a emissão de debêntures.
Segundo a Fitch, a forte presença da TAM no mercado doméstico e sua posição única como operadora aérea nacional em voos de longa distância para Europa e Estados Unidos apoiam os ratings da companhia.
Mas, por outro lado, a forte concorrência no país e a volatilidade do preço do querosene de aviação pressionam os resultados da TAM.
A Fitch espera que a TAM incorra em despesas com contratos de derivativos de petróleo em torno de 50 milhões de dólares no terceiro trimestre e em cerca de 45 milhões de dólares de outubro a dezembro. "Mais 200 milhões de dólares poderão ser necessários para liquidar sua posição de hedge até o primeiro trimestre de 2011", conforme a Fitch.
"A recente emissão de debêntures, combinada à atual emissão de bônus, somará cerca de 1,1 bilhão de reais à dívida da TAM, o que deverá resultar em aumento da alavancagem", observou a Fitch.
A S&P destaca, além do ambiente desafiador no mercado aéreo brasileiro, que a TAM tem apresentado fraco fluxo de caixa.
Mas espera "ver uma tendência positiva na geração de caixa da TAM nos próximos trimestres". "Enquanto isso, a liquidez, que ainda vemos como adequada, permanece como fator fundamental para o rating da TAM, em um momento de fracos resultados operacionais", observou a S&P.
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