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A maior companhia aérea do país, TAM, sofreu um prejuízo de R$ 112,7 milhões no terceiro trimestre, revertendo resutado positivo de um ano antes e encerrando o trimestre com margem líquida negativa. O balanço foi pressionado por perdas com operações de hedge de combustível.

A companhia, que no terceiro trimestre de 2007 teve lucro líquido de 48,5 milhões de reais, teve uma queda em sua margem de 6,2 pontos percentuais, finalizando setembro com margem líquida negativa de 3,9%.

O balanço foi impactado por resultado financeiro negativo, no qual a companhia sofreu uma perda realizada com derivativo de combustível de tipo WTI de cerca de R$ 18,8 milhões enquanto a perda não realizada somou R$ 268,2 milhões.

Com isso, o resultado financeiro que no terceiro trimestre do ano passado havia sido positivo em R$ 27,9 milhões, fechou os três meses encerrados em setembro com despesa líquida de R$ 301,5 milhões.

A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e leasing de aeronaves (Ebitdar, na sigla em inglês) somou 423,4 milhões de reais, ante R$ 312,9 milhões obtidos um ano antes. A margem Ebitdar caiu, no entanto, de 15,2% há um ano para 14,6% no terceiro trimestre.

A receita líquida no período cresceu 40,5%, para R$ 2,89 bilhões, impulsionada por frota maior e demanda em alta. Enquanto isso, o custo total dos serviços prestados e despesas operacionais subiu 36,2%, para R$ 2,7 bilhões.

A companhia informou que o custo foi impactado por aumento de combustíveis, seguro de aeronaves, pessoal, serviços prestados por terceiros e pela depreciação do real em 4,1 por cento. Somente o custo com combustíveis disparou 68,2%, para R$ 1,1 bilhão por causa de um aumento no preço médio em reais por litro de 44,2% e uma alta de 16,6% no volume consumido.

A companhia transportou no terceiro trimestre 7,8 milhões de passageiros pagantes, crescimento de 17% sobre igual período do ano passado. Enquanto isso, o número de horas voadas por aeronave por dia, medida da eficiência da operação, se manteve em 12,6 horas.

Estimativas

A TAM, que prevê finalizar o ano com uma taxa de ocupação de aeronaves de cerca de 70 por cento, tem uma taxa acumulada no ano até setembro de 72,1%. A expectativa da empresa é que a demanda para o mercado doméstico suba entre 8 e 12% em relação a 2007, enquanto o aumento no ano está em 10,2%.

A expectativa de redução de 7% no custo, sem incluir combustível, ainda não foi atingida, tendo caído 2,2% entre janeiro e setembro.

Para 2009, a empresa vê o mercado doméstico crescendo entre 5 e 9% e estima mante a taxa de ocupação em cerca de 70%.

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