Consumo de até 10 m³ em residências de Curitiba passou a custar R$ 52,32.| Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo

A segunda parte do reajuste de 12,5% na tarifa de água e esgoto da Sanepar, autorizado em fevereiro deste ano pelo governo do Paraná, entrou em vigor nesta segunda-feira, dia 1.º de junho. Com isso, a conta deste mês, com vencimento em julho, já virá com mais um aumento de 6%, além dos 6,5% aplicados em 24 de março.

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No caso da tarifa residencial para consumidores de Curitiba que consomem até 10 metros cúbicos (m³) de água, o valor passou de R$ 49,52 para R$ 52,32. Para as demais localidades do estado, o preço da tarifa foi reajustado de R$ 48,19 para R$ 50,90. Se o consumo passar de 10 m³, será cobrado R$ 7,84 por m³ dos usuários da capital e R$ 7,63 por m³ das outras cidades do estado, contra R$ 7,42 e R$ 7,23 até o mês passado. Se o volume de água consumida exceder 30 m³, o metro cúbico passa a custar R$ 13,37 em Curitiba e R$ 13,01 nos demais municípios.

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No caso da tarifa social, voltado a famílias que tenham renda per capita de até meio salário mínimo, o aumento para gasto de até 10 m³ de água subiu de R$ 10,55 para R$ 11,15.

O consumo comercial, industrial e de utilidade pública também ficou mais caro com o aumento de 6%. Em Curitiba, a tarifa de água e esgoto para até 10 m³ subiu de R$ 89,04 para R$ 94,05, enquanto no interior do estado passou de R$ 86,63 para R$ 91,51. Acima de 10 m³, será cobrado R$ 10,59 por m³ na capital e R$ 10,30 nas demais localidades.

Já comércios enquadrados no regime de micro e pequena empresas pagam a mesma tarifa cobrada do usuário residencial até 10 m³. A diferença está no excedente. Acima desta quantidade, o m³ passou a custar R$ 10,59 e R$ 10,30 para curitibanos e demais localidades, respectivamente. Os mesmo valores cobrados de empresas médias e grandes.

Histórico

O aumento de 12,5% foi exatamente o mesmo pleiteado pela Sanepar ao Instituto das Águas do Paraná – autarquia vinculada à Secretaria de Estado do Meio Ambiente que atua como órgão regulador da empresa.

No ano passado, a Sanepar pediu um aumento de 8,17%, mas teve direito a um repasse menor, de 6,4%. Em 2013, a companhia planejava reajustar a tarifa em 10,62%, mas o índice autorizado pelo governo do estado ficou em 6,9%.

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Depois de ficar congelada entre 2005 e 2010, a tarifa da Sanepar voltou a subir quando Beto Richa assumiu o governo. Os reajustes foram de 16% em 2011, 16,5% em 2012, 6,9% em 2013 e 6,4% em 2014. Nesses quatro anos, o aumento acumulado foi de 53,7%. Acima, portanto, da inflação anual medida pelo IPCA – que variou 27% no mesmo período. Se considerado o acumulado do período 2005-2014, no entanto, a tarifa subiu menos que a inflação: 53,7% contra 69,2% do IPCA.