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Balanço

Tarifa e gás melhoram lucro da Copel

A Copel melhorou seus resultados nos primeiros nove meses do ano graças, principalmente, a dois fatores: o aumento das tarifas de energia, em junho, e a chamada "reversão" de valores relativos ao contrato de gás com a UEG Araucária. Com a compra do controle da usina termelétrica, a companhia incorporou às suas receitas o dinheiro que reservava mensalmente para bancar despesas previstas em contrato. Balanço da companhia divulgado nesta sexta-feira à noite informa que a receita operacional líquida cresceu 11% em comparação com igual período do ano passado, para R$ 3,98 bilhões. O lucro operacional quase triplicou – subiu de R$ 502 milhões para R$ 1,47 bilhões.

O lucro líquido da companhia foi de R$ 932 milhões até setembro, contra R$ 309 milhões nos primeiros nove meses do ano passado. O número já havia sido adiantado nesta última terça-feira pelo governador Roberto Requião.

"O resultado foi bom, porque as tarifas de energia elétrica subiram este ano", informa Adriano Pires, consultor do Centro Brasileiro de Infra-estrutura (CBIE). Desde o dia 24 de junho, a alta foi, em média, de 5,12%. "Como a Copel é uma empresa que gera e distribui, aí o lucro aumenta bastante", completa Pires. No caso da reversão, foi possível obter um resultado operacional de R$ 298,1 milhões e um resultado financeiro de R$ 355,9 milhões. Descontados Imposto de Renda e contribuição social, o efeito no resultado da companhia foi de R$ 423,8 milhões.

Com isso, a rentabilidade sobre o patrimônio líquido da Copel foi de 23% nos primeiros nove meses do ano – seria de 13% sem os efeitos da reversão. O Lajida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 1,43 bilhão, 77% superior ao apresentado até setembro de 2005 (R$ 811 milhões). Sem os efeitos da reversão de gás, o Lajida ficaria em R$ 1,1 bilhão.

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