O diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, afirmou ontem que a agência estuda aplicar um reajuste extraordinário sobre as contas de luz no início de 2015. A operação serve para que os consumidores cubram, por meio do pagamento das tarifas, o déficit deste ano no fundo do setor elétrico chamado de CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), estimado em R$ 3 bilhões.
O valor está relacionado com as despesas das distribuidoras com a compra de energia neste ano e que serão pagas em janeiro e fevereiro. A lógica é que a CDE cubra esse valor e que os consumidores, depois, reponham para o fundo. "É nesta ordem de grandeza, R$ 3 bilhões. Pode ser que o Tesouro repasse algum recurso também. Por isso não dá para afirmar [exatamente] qual o déficit que fecharemos esse ano", disse.
De acordo com Rufino, esse aumento adicional no preço da energia terá de ser analisado caso a caso ou seja, distribuidora por distribuidora. Portanto, não trata-se de uma decisão única com efeito para todos os consumidores. O motivo do estudo individualizado por empresa, segundo ele, está na diferente capacidade de cada uma delas absorver esses custos.
Além disso, a Aneel também levará em consideração a data prevista para o reajuste de cada empresa. Como esses processos são feitos anualmente, segundo calendário pré definido, as distribuidoras que tiverem seus reajustes marcados para o início do ano podem ser poupadas do reajuste extraordinário.
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