Aeronaves da Gol e da Azul no Aeroporto Affonso Pena em São José dos Pinhais (PR).| Foto: Antônio More/Arquivo/Gazeta do Povo

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgou nesta quarta-feira (26) o relatório de tarifas domésticas aéreas do quarto e último trimestre de 2018. No ano, a tarifa aérea média doméstica real (atualizada pela inflação) subiu 1% na comparação com o ano anterior, atingindo o valor de R$ 374,12. O yield tarifa aérea médio, indicador que mede o preço pago pelo passageiro por quilômetro voado, caiu 0,8% em 2018, em relação a 2017, para R$ 0,31693.

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Segundo a agência, 2018 foi marcado por uma altas nos indicadores ligados aos custos mais significativos da aviação comercial, leia-se combustível e câmbio.

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O querosene de aviação (QAV), que normalmente responde por 30% dos custos operacionais das companhias, teve alta de 37,3% em relação a 2017. Esse cálculo considera o preço médio cobrado pelos produtores do combustível sem a incidência de ICMS, imposto que, na prática, aumenta e muito as despesas das companhias aéreas brasileiras na comparação com as de outros países.

Na semana passada, durante o Fórum Panrotas, o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, disse ao Valor Econômico que o QAV representa em torno de 32% do custo do bilhete aéreo no país. No mundo, segundo o executivo, esse custo varia de 21% a 22%.

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Já o câmbio teve uma alta de 14,5% no setor em 2018 em comparação ao ano anterior. A valorização do dólar impacta diretamente uma cesta de produtos e serviços, incluindo o próprio QAV e outros itens de manutenção das aeronaves, por exemplo, que correspondem a cerca de 50% das despesas do transporte aéreo no país.

Entre as principais companhias aéreas, Azul (+7%) e Avianca (+4,2%) tiveram aumento na tarifa aérea média doméstica real no ano passado. Já Gol e Latam registraram queda de 3,5% e 0,8%, respectivamente, segundo a Anac.

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Em termos regionais, a menor tarifa aérea média doméstica real foi observada nos voos com origem ou destino no Espírito Santo (R$ 317,65, para uma distância média de 854 Km) e a maior tarifa foi em Roraima (R$ 646,70, para uma distância média de 2.365 Km, a maior entre as 27 UFs).