A Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, revisou sua projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2007 de 3,80% para 3,57%, uma diferença de 0,23 ponto porcentual. A nova expectativa se distancia ainda mais da mediana de 4,00% das previsões da pesquisa Focus do Banco Central, divulgada semanalmente.
De acordo com o economista da instituição, Carlos Thadeu de Freitas Filho, a mudança é decorrente, principalmente, da alteração de perspectiva para o comportamento dos preços administrados (tarifas públicas) neste ano. No geral, este conjunto de preços deve ter alta de 3,1%, estima a Petros, e não de 4,6%, como previa a instituição anteriormente.
Freitas Filho acredita que os combustíveis ainda registrarão queda de preço em 2007 e prevê que a tarifa de energia elétrica volte a ter deflação este ano, assim como foi visto no ano passado. "A revisão de tarifas de energia foi para baixo por conta de acordos com das companhias com o governo e de subsídios", explicou o economista. Em 2006, a deflação deve ter sido de 0,24% e a expectativa para 2007 é de queda de 1,27%.
A gasolina e o álcool também devem ficar mais baratos este ano, na avaliação da equipe de economistas da Petros. A gasolina, que subiu 3,11% em 2006, deve ter queda de 0,40% em 2007, calculam. O álcool combustível, que registra deflação de 5,35% no ano passado, deve manter a trajetória e cair mais 0,94% nos próximos 12 meses. O gás de botijão deve subir menos em 2007 (2,43%) do que em 2006 (7,34%), de acordo com cálculos de Freitas Filho. Para ele, uma alta menos elevada será verificada também no pagamento de táxi, que subiu 7,06% no ano passado e deve aumentar 3,99% em 2007.
Apenas as contas de telefone deverão ter ajustes mais fortes em 2007 na comparação com 2006. No ano passado, houve recuo de 0,83% nas tarifas de telefonia fixa e a elevação do preço do telefone público foi de 2,31%. Nos dois casos, a expectativa é de alta de 4,50% em 2007.