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Pesquisa

Tarifas públicas ficam 1% mais baratas em junho, segundo pesquisa do Dieese

Após derrubar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de Curitiba em 0,36% em junho, o álcool foi responsável pela queda de 1% nos preços das tarifas monitoradas e controladas pelo governo no mês passado. Com isso, a inflação acumulada no semestre entre as tarifas públicas é de apenas 0,39%. Já a acumulada em 12 meses é de quase 5% e ficou acima da meta de inflação do governo federal, de 4,5% ao ano.

O preço das tarifas monitoradas é pesquisado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese). O valor total pago por uma família de quatro pessoas pela cesta de produtos e serviços é de R$ 487.

O preço médio do álcool na bomba em junho foi de R$ 1,46, ou 11,37% a menos do que em maio. A deflação é resultado da maior entrada do produto no mercado, com a colheita e industrialização da safra de cana-de-açúcar. A gasolina também está mais barata, pois traz em sua composição 20% de álcool anidro. O preço médio nas bombas foi de R$ 2,40, com redução de 4,26%.

Outra tarifa que registrou queda foi a de energia. A Copel, companhia de energia elétrica do estado, cancelou a cobrança da taxa extra que tinha como objetivo compensá-la por gastos não gerenciáveis. Somado ao reajuste negativo autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a conta de quem paga em dia ficou quase 7% mais barata.

A variação negativa da telefonia fixa só deve valer a partir do fim da semana, e por isso só vai impactar a cesta de tarifas públicas de julho. No caso da Brasil Telecom, a redução foi de -0,4222%. "A assinatura básica de telefone fixo aumentou 900% desde julho de 1994, e portanto essa queda não representa muito", avalia o presidente do Senge, Ulisses Kaniak. A assinatura custava R$ 0,61 no início do Plano Real e aumentou para cerca de R$ 39 hoje.

Já a corrida de táxi ficou 2,48% mais cara em maio (a alta não havia sido informada na pesquisa daquele mês). A bandeirada inicial passou de R$ 3,40 para R$ 3,50. O gás de cozinha também aumentou quase 8%, mas durante os últimos 12 meses. O preço médio do botijão de 13 kg na cidade é de R$ 30,80. Essas duas tarifas não sofriam aumento há dois anos.

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